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As ÚLTIMAS da Festa Brava

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MOURA JR. Contrato milionário para os States
João Moura Jr. estreia-se em Setembro, dia 15, na Califórnia, actuando numa única corrida em Gustine. Um contrato milionário, ao que consta. Em Espanha, continua a marcar a diferença, em patamares bem altos: dia 8 de Agosto toureia em Vitória com Pablo Hermoso de Mendoza e Sérgio Galán; e dia 9 em Pontevedra, com Andy Cartagena e Diego Ventura. A próxima em Portugal é a 3 de Agosto na Figueira da Foz, com António Telles e João Maria Branco.
MARA PIMENTA Prova de praticante na Azambuja
A princesa do toureio a cavalo, Mara Pimenta, presta prova para praticante no próximo dia 3 de Agosto num festival na praça de Azambuja. A jovem cavaleira, que na próxima sexta-feira, dia 11, actuará na Póvoa de Varzim, estrear-se-à de casaca lidando um novilho no concurso de ganadarias da Feira de Alcochete, a 10 de Agosto.
CAMPO PEQUENO As primeiras novidades de Agosto
As primeiras novidades para as corridas de Agosto no Campo Pequeno: dia 7, lidam-se toiros de Canas Vigouroux e o cartel é de seis cavaleiros, pegando em solitário os Forcados Amadores de Lisboa. Sónia Matias deverá ser a cabeça de cartaz e do elenco podem fazer parte, para já, Gilberto Filipe, Paulo Jorge Santos e Tomás Pinto. A 21, frente a um imponente curro de toiros de António Silva (Herdeiros), actuarão três cavaleiros num cartel de alta competição. Finalmente, a 28 a corrida será mista e pode marcar a apresentação em Lisboa de Paco Velásquez como matador de toiros.
FEIRA DA MOITA Levantamos a ponta do véu
Ainda sem confirmação da empresa "Aplaudir", adiantamos as primeiras novidades, também, para a próxima Feira da Moita: o ciclo iniciar-se-à a 15 de Setembro (segunda-feira) com uma novilhada das escolas de toureio; a corrida de terça-feira, dia 16 (feriado local) será mista com dois cavaleiros e o matador Pedrito de Portugal, podendo também entrar a cavaleira Mara Pimenta na lide de um toiro; na quarta-feira, 17, é certa a presença do matador local Sérgio Santos "Parrita", que pode alternar com mais dois matadores (Nuno Casquinha e Paco Velásquez) ou encerrar-se com seis toiros; o cartel-forte de quinta-feira, 18, será de seis cavaleiros (concurso de ganadarias), estando praticamente confirmadas as presenças de João Moura, Luis Rouxinol, Rui Fernandes e Manuel Lupi; na sexta, dia 19, na tradicional Corrida do Fogareiro, podem vir toiros espanhóis de José Luis Pereda e o elenco será também de seis cavaleiros.
CORRIDA RTP Assim, não!
A Corrida TV, transmitida anteontem pela RTP da praça do Campo Pequeno, primou pela promoção de uma nova telenovela do canal estatal... Foram entrevistadas várias vedetas na bancada, em detrimento do que se ia passando na arena. O momento alto da noite foi a entrevista de Helena Coelho ao novo matador de toiros português, Paco Velásquez: a repórter quis saber porque raio o toureiro foi tomar a alternativa no México e não o fez em Portugal, ignorando por completo que cá pelo burgo não se concedem alternativas de matador de toiros... Com tanta "parvoeira" junta, ainda acham que vale a pena enviar mail's ao Provedor da RTP a manifestar a nossa imensa gratidão por terem transmitido uma tourada?..
FORCADOS DE ÉVORA Corridas de três grupos
O Grupo de Forcados Amadores de Évora emitiu um comunicado informado as empresas e os aficionados de que passará a actuar em corridas de três grupos de forcado "quando assim entendermos ser benéfico para esta instituição" - o que não acontecia antes. A única excepção, frisam, será em praças de primeira categoria, as quais "estão definidas pela Associação Nacional de Grupos de Forcados".

PABLO HERMOSO Mouras nos 25 anos de alternativa
João Moura e seu filho Miguel actuarão a 18 de Agosto na Feira de Tafalla (Navarra, Espanha), na corrida comemorativa dos 25 anos de alternativa de Pablo Hermoso de Mendoza. Os toiros são da ganadaria lusa de Rosa Rodrigues e actuam ainda Fermín Bohórquez, Manuel Manzanares e Ginés Cartagena.

MONTIJO Nova vaga em competição a 23 de Agosto
João Moura Caetano, Miguel Moura, Salgueiro da Costa e Mara Pimenta na Corrida das Vindimas a 23 de Agosto na Monumental do Montijo. Um cartelazo de competição entre as figuras da nova vaga.

SETÚBAL Rematado o cartel de 26 de Julho
Já rematado o cartel da primeira corrida da temporada em Setúbal, a 26 de Julho (Feira de Santiago): toiros de Branco Núncio (para lide a cavalo) e de Paulo Caetano (para lide a pé), os cavaleiros João Moura e Rui Fernandes e o regresso do matador Pedrito de Portugal. Nas pegas, os grupos de forcados do Montijo e de Alcochete.

Fotos D.R.








Feitos de outra fibra - Pedro Borges sobre a colhida do irmão, anteontem no C. Pequeno

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Pedro Borgesé o forcado (de Montemor) que na foto de cima se aproxima do toiro, anteontem no Campo Pequeno, procurando socorrer o irmão Francisco, desmaiado no chão depois de violenta colhida; e na foto ao lado, está com seu Pai, Francisco Borges, também ele antigo forcado dos Amadores de Montemor. O que a seguir vão ler - e que aqui transcrevemos com a devida vénia - foi o texto que deixou escrito no mural da sua página no "Facebook", sobre os momentos dramáticos que viveu na arena de Lisboa. Um depoimento comovente e emotivo - escrito por um homem com alma. Feito de outra fibra.


Muita é a controvérsia em torno das Corridas de Touros à Portuguesa e sobre se devem ou não existir, desde já quero deixar claro que não é minha intenção fazer qualquer tipo de propaganda a favor ou contra a festa brava por isso aviso que qualquer comentário de mau gosto, seja ele pró ou contra será imediatamente apagado.

Vivi ontem à noite no Campo Pequeno a minha pior noite enquanto forcado do Grupo de Forcados Amadores de Montemor dentro de praça, o meu irmão mais novo Francisco Maria Borges havia perdido os sentidos ao tentar pegar o 5º touro da corrida, estava nesse momento inconsciente e indefeso contra qualquer ataque do touro sem que ninguém o conseguisse ajudar. Sem pensar corri para junto dele tentando levar o touro para longe, acabei por eu próprio ser colhido pelo touro mas o importante é que o meu irmão já estava fora de perigo.

Enquanto brigava para me ver livre do touro passaram-me inúmeras coisas pela cabeça, "será que ele está bem...os meus Pais estão na bancada a ver isto... espero que não lhe aconteça o que aconteceu ao "Mata"... chega lá depressa ele precisa de ajuda e nem sabe o que fazer...", tudo me passou pela cabeça menos o meu bem estar físico.

Quando finalmente consegui chegar perto do meu irmão ela já estava com varias pessoas à volta mas todos sem saberem bem o que fazer, mas com a ajuda de alguns elementos do nosso grupo e do grupo de Lisboa acabamos por conseguir mete-lo na maca e leva-lo para fora de praça.

Voltei para a arena pois tínhamos um bravo oponente pela frente e tinha de ser pegado, valente e tigre o Frederico Caldeira já estava de barrete na mão pronto para pegar o touro. Acabá-mos por só conseguir consumar a pega ao terceiro intento depois de também o Fred ter sido "sacudido" violentamente pelo touro na sua primeira tentativa.

Felizmente quando voltei a estar com o meu irmão, já no hospital, apercebi-me que não tinha lesões graves. Hoje embora bastante "amaçado" já esta bem e cheio de vontade de voltar às arenas.

Não consegui explicar o sentimento que é ver um irmão mais novo inconsciente com um animal bravo de 590kg em cima dele, foi sem duvida a pior experiência que tive como forcado, os momentos entre tirar o meu irmão da arena e voltar a estar com ele só posso descreve-los como agonizantes.

Isto de ser forcado, para quem nunca viveu este meio e não faz ideia do que é vestir uma jaqueta, tem muito mais que se lhe diga do que ser "valente" e "destemido", ha até quem nos chame inconscientes. Pois a verdade é que temos toda a consciência do que nos pode acontecer e mesmo assim entramos para uma arena predispostos a sacrificar o nosso bem estar físico e até mesmo a nossa vida, esta predisposição é a prova de que somos feitos de outra fibra, uma fibra que permite que aconteça o que aconteceu ontem e que hoje o Francisco esteja bem de saúde, uma fibra que nos faz saltar para dentro da arena para enfrentar um touro mesmo depois de vermos o que aconteceu a um amigo, como fez o Fred, uma fibra que nos faz proteger qualquer um dos nossos irmão de jaqueta seja ela de que ramagem for, como fizeram os elementos do grupo de Lisboa, uma fibra que nos dá coragem para pormos o nosso bem estar físico em prol dos nossos "irmãos".

Chamem-nos o que quiserem, mas uma coisa é certa desta fibra só nós somos feitos e doa a quem doer a verdade é que os que estão de fora nunca saberão o que é vestir uma jaqueta e pertencer a esta irmandade.

A todos aqueles que vestem ou já vestiram um dia a jaqueta de um grupo de forcados, o meu bem haja!

Pedro Borges

Fotos Maria João Mil-Homens e D.R./@Pedro Borges/Facebook

Colete Encarnado: todos os caminhos vão dar a VILA FRANCA!

Na morte de Rui Tovar

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Miguel Alvarenga - Naquela fantástica "Universidade do Jornalismo" que era o jornal "O Diabo", tive a honra - e o orgulho - de partilhar a Redacção com grandes nomes da profissão, com quem aprendi e de quem jamais me esqueci. Em 1976, quando fiz parte do grupo fundador do jornal, dirigido por Maria Armanda Falcão (Vera Lagoa), um dos meus (bons) companheiros de dia-a-dia foi o Rui Tovar. Tinha mais dez anos que eu, um sentido de humor fantástico, uma graça terrível e era um jornalista de corpo e alma. Não era apenas um homem do futebol. Poucas vezes nos encontrámos depois de termos seguido caminhos diferentes, mas quando nos víamos, tinha sempre a graça e o gozo de me dizer: "Como vais, puto?". Naquele tempo eu e o Valdemar Paradela de Abreuéramos os putos estagiários de "O Diabo". O Rui morreu. Já morreram muitos dos que estiveram nesse tempo a meu lado e que tanto me ensinaram. Tenho saudades. Tenho pena, Rui. Um abraço do... puto!


Foto D.R.

Ontem, sábado: 10.151 leram o "Farpas"!

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"El Juanito" em ombros ontem em Mérida

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Aos que pensam que o toureio a pé não tem futuro, nem vedetas, em Portugal, "El Juanito" deixou ontem em Mérida (Espanha) esta importante mensagem: o jovem toureiro de Monforte, filho do bandarilheiro Hugo Silva e aluno da Escola de Toureio de Badajoz, cortou duas orelhas, teve forte petição de rabo e saíu em ombros.
Nesta novilhada sem picadores (aula prática), frente a reses de Bernardino Píriz, João Silva "El Juanito" alternou com Maria del Mar Santos (duas orelhas), Juan Carlos Carballo (ovação), Juan Carlos Berrocal (palmas), Héctor Gutiérrez (orelha) e António Medina (orelha).
Olé, Toureiro!

Foto D.R.

Esta tarde em V. Franca: "corrida de morte" de David R. Telles

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"Um pleno hino ao Toiro Bravo" - é o comentário da empresa "Tauroleve"à imponente corrida de toiros da ganadaria de Mestre David Ribeiro Telles que esta tarde, a partir das 18 horas, sairá à arena da carismática praça "Palha  Blanco" para a tradicional corrida mista das festas do Colete Encarnado, onde se homenageia a memória do saudoso matador vilafranquense José Falcão, o único que morreu em Espanha vítima de cornada, há 40 anos, na arena de Barcelona.
Actuam esta tarde em Vila Franca os cavaleiros António Ribeiro Telles e João Ribeiro Telles Jr. e os matadores António João Ferreira e Nuno Casquinha, pegando em solitário os Forcados Amadores de Vila Franca, sob o comando de Ricardo Castelo.
Os toiros já se encontram nos currais da "Palha Blanco" e têm pesos "acima do normal": os quatro apartados para a lide equestre, de que serão lidados três (abre a corrida a lide a duo dos Telles e na segunda parte lidarão um cada), têm os seguintes pesos: 670 quilos (nº48), 550 (nº51), 660 (nº 52) e 605 (nº 54). Os destinados à lide a pé (serão lidados quatro, dois por cada matador) têm estes pesos: 480 quilos (nº 45), 515 (nº 60), 585 (nº 64), 555 (nº 65) e 595 (nº 67).
A corrida inicia-se às 18 horas e o tempo está estável, com calor.

Fotos Florindo Piteira/cortesia "Tauroleve"

Morreu Mário Dias, antigo forcado dos Amadores de Azambuja

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Morreu ontem o antigo forcado dos Amadores de AzambujaMário Dias, vítima de doença que não perdoa. Destacou-se ao serviço daquele grupo de forcados nas décadas de 70 e 80.
O corpo será velado na Igreja do Cartaxo e o funeral tem lugar amanhã pelas 10 horas no cemitério local.
À Família enlutada apresentamos as mais sentidas condolências.

Foto D.R.


"El Juanito": as fotos do triunfo ontem em Mérida

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Ambição, vontade e querer - um jovem toureiro e marcar posição!
Momentos da excelente faena de João Silva "El Juanito"
"El Juanito" em ombros ontem em Mérida. Quem disse que o toureio a pé não
tem futuro em Portugal?... Toureiros temos, assim o público acorra a vê-los e as
empresas apostem, quando mais não seja, no regresso da corrida mista!
Aficionados de Monforte ontem em Mérida, vendo-se na foto de cima os
bandarilheiros Hugo Silva (pai de "El Juanito"), Ricardo Raimundo e João "Belmonte"



As fotos do triunfo de João Silva "El Juanito" ontem em Mérida (Espanha), onde cortou duas orelhas e teve fortíssima petição de rabo, depois de importante faena a um novilho de Bernardino Píriz.
Ambição e muito querer na atitude do jovem toureiro aluno da Escola de Badajoz, que esperou o novilho de joelhos à porta dos currais.
Artista de capote e muito templado com a muleta, "El Juanito" voltou a marcar. O toureio a pé tem futuro!

Fotos Duarte Chapa/"Farpas"

António Ferrera 5ª feira no Campo Pequeno: veja-o ao menos uma vez na vida!

Ontem, domingo: 8.933 leram o "Farpas"

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Feira da Moita: "Aplaudir" em negociações com Padilla

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A empresa "Aplaudir" de João Pedro Bolota, que gere pela primeira vez a praça de toiros "Daniel do Nascimento" em sociedade com o empresário Possidónio Matias, está em negociações com o matados espanhol Juan José Padilla para o trazer em Setembro à Feira da Moita. Ainda não há fumo branco, mas a ideia dos empresários era apresentar o valente matador na tarde de 16 de Setembro ao lado de Pedrito de Portugal.
Aguarde-se.

Foto Ricardo Relvas

Article 23

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6ª feira, 11 de Julho
em Évora

O regresso
do Maestro Moura

António Ferrera 5ª feira no C. Pequeno: veja-o ao menos uma vez na vida!

Praça cheia em Vila Franca: muitos hinos, tanto mérito!

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Praça cheia. Quem disse que o público não ia ver corridas mistas?...
Sete estampas os toiros de Ribeiro Telles. Triunfo da ganadaria!
Mais uma lição de António Telles, depois da antológica lide de Lisboa!
Lide enorme de João Telles no quinto toiro da corrida, com quase 700 quilos!
Manos Telles na arena, ovação ao triunfo da ganadaria!
O pegão do cabo Ricardo Castelo em tarde de grande êxito para os Amadores
de Vila Franca de Xira, três pegas à primeira a toiros de verdade!
António João Ferreira; decisão, ambição, a sede do triunfo (alcançado!)
Nuno Casquinha: mérito, muito mérito, enorme valor
Filipe Gravito recebeu a alternativa de bandarilheiro. Esteve brilhante a receber
o primeiro toiro da corrida (lidado a duo pelos Telles), imponente a bandarilhar
o toiro do doutoramento. Comiveu-se até às lágrimas. Emílio esteve em cima
do acontecimento e a seguir vamos mostrar-lhe todas as fotos
Verdade e emoção: Joaquim Oliveira!
Técnica e muito mérito: Rodolfo Barquinha!
Arte e poderio: Cláudio Miguel!
... e que pena continuar de portas fechadas o emblemático Restaurante
"O Redondel"... que saudades!


Miguel Alvarenga - Na manhã de ontem, quando enviou à comunicação social os pesos (assustadores!) dos toiros de Mestre David Ribeiro Telles para a corrida da tarde na "Palha Blanco", a empresa "Tauroleve" prometera "um hino pleno ao Toiro Bravo". E cumpriu. Mas ontem houve muitos mais hinos na arena de Vila Franca. Um hino à arte de bem tourear a cavalo, entoado pelos Ribeiro Telles, António e o sobrinho João. Um hino à arte de bem pegar toiros, cantado pelos Amadores de Vila Franca. Um hino ao mérito de dois valorosos matadores de toiros e ao futuro do toureio a pé. Um hino à arte de bandarilhar, temos os melhores bandarilheiros do mundo. Um hino à garantia de que vamos continuar a tê-los, entoado pelo jovem Filipe Gravito em tarde de brilhante alternativa. E um hino à aficion de Vila Franca, um público que vibra e sente o toureio a pé e que ontem encheu as bancadas da "Palha Blanco" como há muito as não víamos cheias nestas tradicionais e tão portuguesas festas do Colete Encarnado- um verdadeiro hino ao Campino e à lezíria, ao cavalo e ao toiro. A um outro Portugal que teima e resiste em manter cultos e tradições centenárias. Por fim, justiça para todos - um hino à seriedade, à dinâmica, ao empenho e à verdade de uma empresa, a "Tauroleve", de uma Família, pai Augusto e filhos Ricardo e Rui Levesinho, que com muito esforço e uma determinada dedicação, lograram por fim restituir o brilho, o carisma e a mítica da praça de Vila Franca.

A corrida de ontem foi daquelas que deixam história, que fazem aficionados e que "apetece ver outra vez". Os toiros, toiros de verdade, de Mestre David, deram emoção, trouxeram perigo, imponentes, verdadeiras estampas, astifinos os lidados a pé, toiros impróprios, diga-se em abono da verdade, para matadores, sem a sorte de varas. António João Ferreira e Nuno Casquinha e os bandarilheiros que cumpriram com inegável brio e imenso pundonor, muita arte e invejável valentia, os tércios de bandarilhas, tiveram o mérito de estar ali diante de toiros que provocam calafrios nas bancadas, suscitam suspiros de ansiedade e devolvem à Festa a emoção, o perigo e a verdade que tão arredados têm andado.

O que ontem ali aconteceu foi o regresso da verdade e da essência pura do que deve ser uma corrida de toiros. Tal como na quinta-feira com os Grave em Lisboa, houve outra vez toiros à antiga na "Palha Blanco". O que ali todos vivemos ontem foi o espírito autêntico e sem "martingalas" da corrida de toiros, tão adulterada nos últimos anos por obra e graça dos toirecos da corda, da ausência de perigo, da escassez de emoção. Assim, sim. Assim, vale a pena ser aficionado. São empresas, toiros, toureiros e forcados como estes que podem devolver à Festa o seu carisma, o seu glamour e a sua emblemática emoção. Aos poucos, tudo isso tem vindo a ser recuperado. Já era tempo de pôr um travão aos toirinhos fáceis, aos toureiros que querem toiros para brincar e não para tourear. Um olé bem alto a Vila Franca, à empresa dos Levesinho e aos toureiros e forcados, aos ganadeiros, que ontem contribuiram para recuperarmos todos os sentimentos que andavam adormecidos, perdidos, escamoteados e deturpados numa assustadora facilidade, numa gritante falta de emoção. Assim, sim. Assim, vale a pena voltar a ser aficionado!

E creio que disse tudo. Mas mesmo assim, vou lembrar mais algumas coisas. Os Telles abriram a corrida a duo e apesar de as lides a dois não serem propriamente a forma desejável de se ver o toureio a cavalo, a verdade é que tio e sobrinho imprimiram ritmo e dinâmica, tiveram música e o espectáculo resultou.

Nos toiros a sós, esteve enorme António, repetindo o triunfo de Lisboa, reafirmando que este é o seu melhor ano, ensinando, outra vez, como se toureia de verdade a cavalo, coisa única, momento fantástico, público de pé, arte, arte e mais arte. Valor. Carisma. Um Mestre.

Respondeu João ao tio com uma lide magistral, frente a um toiro imponente com quase 700 quilos e que veio acima de ferro a ferro. O jovem Telles cresceu, impôs a sua raça, entrou pelo toiro dentro, cravou ferros de antologia. Tarde inspirada, glória na Vila Franca que é deles, já dizia o saudoso Bacatum que os Telles estão para Vila Franca como Curro Romero para Sevilha e a profecia continua a cumprir-se.

Grandes, grandes, os Forcados de Vila Franca. Com toiros de verdade e de emoção, houve grandeza, senhorio, toureria e a usual valentia na nobre arte de pegar toiros, sempre tão bem representada pelos Amadores de Vila Franca. Foram ontem forcados de cara, todos à primeira, Rui Godinho, o cabo Ricardo Castelo e o veterano Ricardo Patusco, que fez um pegão, mas infelizmente saíu lesionado numa perna. O grupo esteve enorme nas ajudas. Como sempre.

Agora o toureio a pé.

O toureio a pé está vivo, tem valores e, mais importante que isso, tem futuro em Portugal. É preciso é ter cabeça, saber fazer, saber montar cartéis, ter rigor e eficácia ao assumi-lo. E é preciso, primeiro que tudo, saber onde se podem montar corridas com matadores. A corrida mista era a corrida-modelo nos anos 60 e 70. Depois foi abafada pelo grito dos novos cavaleiros, pela fase de euforia que nasceu da revolução mourista e dos que a seguiram, no final da década de 70. Mas a verdade, que alguns não querem ver (os empresários, sobretudo), é que o toureio a pé tem público. Mas tem-no apenas e só em algumas praças. Lisboa, Vila Franca e Moita serão as três principais. E é por aqui que pode renascer de novo a paixão pelos matadores. Não esqueçam isso, não entrem noutras aventuras desajustadas. Quem te avisa, teu amigo é.

Ontem na "Palha Blanco", o público viveu emoções de outros tempos com a actuação dos toureiros a pé, repito, dos matadores e dos valorosos bandarilheiros. O público não arredou pé, não saíu da praça quando terminaram de actuar os cavaleiros, ficou até ao fim e ainda bem que ficou, que a última faena de Nuno Casquinha, ao menos bom e mais "manhoso" dos toiros, com 595 quilos (credo!), uma montanha de perigo, ainda para mais sem picadores, foi um grito de valor e de afirmação, um grito de mérito de um jovem matador que em boa hora regressou ao nosso país, depois de ter estado uns anos radicado no Perú. Foi um hino de garra, de valentia, de raça e de ambição. Esteve Casquinha valente como os heróis, deu a cara, impôs-se, disse bem alto: "Estou aqui!".

Se já estivera um "toureirazo"no seu primeiro toiro (515 quilos), no segundo esteve enorme, importante, a provar tudo aquilo que escrevi antes: o toureio a pé tem valores e tem futuro entre nós.

A mesma mensagem deixou-a António João Ferreira nos dois toirões que enfrentou, com 515 e 585 quilos, respectivamente, astifinos, com perigo. Imenso mérito, grande afirmação, determinação e arte, com uma dose incrível de valor.

À imponência e à violência dos toiros, respondeu Ferreira com a estática impressionante da sua franzina figura, pés parados, coração de gigante, "aqui estou", disse também e depois abriu o livro, desenrolou experiência e técnica, parecia ele um toureiro muito toureado, cheio de ofício, de entrega, de vontade - e também de ambição.

Colhido quando entrou "a matar" o seu primeiro, depressa se levantou e mesmo magoado (sofreu um corte num dedo), de pé se voltou a pôr, destemido, num desplante de ousadia e de garbo. Recolheu à enfermaria depois de dar aplaudida volta à arena. E voltou. Voltou para triunfar no sexto da ordem, de novo se agigantou e se impôs, como que a dizer, insisto, não me canso de insistir: o toureio a pé tem futuro em Portugal! Assim acreditem as empresas, assim haja eficiência e rigor na montagem das corridas com matadores. Nos sítios certos, repito.

Tarde de louvor e de triunfo para os toureiros de prata. Enormes, evidenciando poderio, arte e valor com as bandarilhas, estiveram Joaquim Oliveira e Rodolfo Barquinha no segundo toiro da tarde, Manuel dos Santos "Becas" e Filipe Gravito no terceiro, tendo este último recebido a alternativa em tarde que há-de recordar para sempre. Comoveu-se, agradeceu a mais calorosa das ovações, esteve grande o jovem toureiro de Salvaterra, que pertence à quadrilha da cavaleira Ana Batista, mas que ontem disse que pode, e deve, ombrear com os melhores em corridas a pé.

No sexto toiro, voltou a brilhar Barquinha (enorme!) e o pequeno-grande Cláudio Miguel (extaordinário), que muito merecidamente se demonteraram para agradecer as justas ovações de um público que lhes reconheceu o mérito de terem feito o que fizeram e terem brilhado como bilharam diante de toiros que podem matar. Mérito, imenso mérito. Dois grandes toureiros.

O último toiro foi bandarilhado exclusivamente por Manuel dos Santos "Becas", face à ineficácia do outro interveniente.

Excelente intervenção, também, nas lides a cavalo, dos bandarilheiros (peões de brega) Ernesto Manuel, João Ribeiro "Curro", Nuno Oliveira, João Curto e António Telles Bastos.

Uma palavra final para o triunfo da ganadaria Ribeiro Telles. Sete toiros magníficos, exceptuando o último, que justificaram os aplausos permanentes do público, quer à saída, quer na hora da recolha e também a chamada à arena, no quarto, dos irmãos João e Manuel Ribeiro Telles, representantes da divisa de seu Pai, Mestre David.

Em corrida e festa de louvor ao Campino(muitos nas bancadas, como sempre, brindados até pela forcadagem), um aplauso ao labor e à eficiência dos campinos "Café" e "Janica". Deram aplaudida volta à arena no quinto toiro com João Telles.

Mais de três quartos de casa, praça cheia, em corrida muito bem dirigida, como sempre, por Manuel Gama, com o rigor e a aficion que caracterizam um dos melhores directores de corrida do momento, ontem assessorado pela médica veterinária Drª Francisca Claudino.

Ao início da função guardou-se um minuto de silêncio em memória do Maestro José Falcão, vítima de colhida mortal em Barcelona há 40 anos (Agosto de 1974) e a Câmara e a Misericória de Vila Franca, proprietária da praça, prestou-lhe homenagem com a presença na arena de seu irmão, Osvaldo Falcão, a quem depois também brindaram as suas lides os matadores.

Tarde grande, uma corrida para recordar. Valeu a pena!


Não perca hoje, aqui no "Farpas", a fotoreportagem de Emílio de Jesus: os Momentos de Glória, a colhida de António João Fereira, a brilhante alternativa de Filipe Gravito, a verdade com que ontem se toureou e bandarilhou em Vila Franca - e os Famosos que por lá estiveram.


Fotos M. Alvarenga



Ataque cardíaco em praça: cavalo de Vitor Ribeiro morreu ontem em Ponte de Sôr

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Um cavalo da quadra de Vitor Ribeiro, montado pelo jovem amador José Maria Ribeiro (foto ao lado), pupilo do conhecido toureiro e que ontem se estreava, morreu ontem na arena, vítima de ataque cardíaco fulminante, durante um festejo de variedades taurinas que se realizou em Ponte de Sôr e em que participavam outros diestros amadores, entre os quais alunos das escolas de toureio da Moita e de Alter e os cavaleiros Francisco Correia Lopes, Mafalda Robalo, José Moreira e Ricardo Cravidão, bem como a jovem novilheira espanola Maria del Mar e forcados juvenis.
A morte do cavalo impressionou os muitos espectadores que enchiam a praça portátil.

Fotos Marco Gomes

Hoje na Basílica da Estrela: missa de 7º dia por Domingos Paixão

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É celebrado hoje na Basílica da Estrela, em Lisboa, pelas 19 horas, missa de sétimo dia por alma do saudoso bandarilheiro Domingos Paixão, falecido na última semana após delicada operação à cabeça.

Foto Ricardo Relvas

Duarte Alegrete e Joana Prates: casamento em Outubro

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O valoroso bandarilheiro Duarte Alegrete e a antiga toureira Joana Prates dão o nó no próximo dia 18 de Outubro, depois de terminada mais uma temporada.
Promete ser a boda do ano!

Foto D.R.

Mara Pimenta: grande entrevista amanhã

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Está a marcar a temporada, os aficionados têm os olhos postos nela e vai prestar provas para cavaleira praticante já no próximo dia 3 de Agosto em Azambuja, estreando-se depois de casaca (se não for antes...) no dia 10 em Alcochete, lidando um novilho-toiro na corrida concurso de ganadarias. João Pedro Bolota, o apoderado, "aposta tudo nela" e adianta que Mara Pimenta cumprirá entre 20 a 25 corridas este ano, a próxima das quais já na sexta-feira, dia 11, na Póvoa de Varzim. Amanhã, aqui no "Farpas", não perca a grande entrevista a uma jovem toureira que sabe bem o que quer e para onde vai. A nova Princesa do Toureio a Cavalo conta tudo, recorda como começou a sua aventura nas arenas, fala dos seus mestres e dos projectos futuros.

Foto Ana de Alvarenga

Miguel Alvarenga hoje na Rádio Portalegre

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"Acabou a era vergonhosa dos toiros nhoc-nhoc, a emoção voltou de uma vez por todas às nossas arenas e é disso que vou falar logo à noite!" - avisa Miguel Alvarenga, que hoje está de volta ao programa "3 Tércios" da Rádio Portalegre, com Hugo Teixeira e Pedro Pinto, para fazer a análise dos últimos e principais acontecimentos que marcaram a actualidade taurina, nomeadamente as corridas do Campo Pequeno na quinta-feira (toiros Grave) e de ontem em Vila Franca (toiros Ribeiro Telles), onde, refere o jornalista, "se provou que o toureio a pé está vivo e bem vivo e tem futuro em Portugal, desde que haja eficiência e rigor por parte das empresas, como aconteceu em Vila Franca, na montagem dos cartéis".
"A tourada é um espectáculo de perigo e de emoção, uma luta de gladiadores, da inteligência e da arte do homem frente-a-frente com o poder e a violência do toiro, isso andava esquecido e a corrida andava completamente adulterada. Felizmente, esta temporada está a regressar a emoção às arenas" - defende o director do "Farpas", que promete pôr os pontos nos iis logo à noite na sua intervenção (sempre aguardada com justificada expectativa) no programa taurino mais ouvido de Portugal.
A partir das 22 horas, para ouvir nas frequências 100.5 e 104.5 FM ou aqui na internet, esteja onde estiver, clicando em www.radioportalegre.pt

Foto Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com

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