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Próxima 5ª feira: um "cartel monstro" no Campo Pequeno!

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O regresso a Lisboa de
PABLO HERMOSO DE MENDOZA

Fotos Maria João Mil-Homens




Sábado: Gala à Antiga Portuguesa nos 120 anos do Coliseu Figueirense

Ontem, 5ª feira: 8.322 leram o "Farpas"

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Mais novidades da Feira de Alcochete: Peñaherrera também na primeira corrida

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Rejoneador equatoriano Sebastián Peñaherrera entra no primeiro cartel da Feira
de Alcochete (9 de Agosto), ao lado de António Telles, Rui Salvador e Vitor Ribeiro,
lidando um toiro extra-concurso
Toiro da ganadaria Passanha para a noite de 11 de Agosto em Alcochete: Rui
Fernandes, Diego Ventura e João Telles e os forcados de Évora e Alcochete
Um dos poderosos exemplares da ganadaria Fernandes de Castro para a terceira
e última corrida da Feira de Alcochete (13 de Agosto). Em baixo, o toiro da
ganadaria Pinto Barreiros para o Concurso de Ganadarias (9 de Agosto)

O empresário António Manuel Cardoso "Nené" ("Toiros & Tauromaquia") contratou o rejoneador equatoriano Sebastián Peñaherrera, depois da sua estreia triunfal em Portugal no último sábado em Setúbal, para integrar o primeiro cartel da próxima Feira do Toiro-Toiro em Alcochete. Peñaherrera lidará um toiro extra-concurso na corrida de dia 9 de Agosto, o 33º Concurso de Ganadarias - de que hoje aqui apresentamos o exemplar de Pinto Barreiros (foto ao lado) - reforçando o cartel em que estavam já anunciados António Ribeiro Telles, Rui Salvador e Vitor Ribeiro e os Forcados Amadores de Alcochete.
Entretanto, Sebastián Peñaherrera - que no sábado se apresentou em Setúbal como amador e foi por isso obrigado a lidar um pequeno novilho - já regularizou a sua situação em Portugal e passará a tourear entre nós como rejoneador (tomou a alternativa no Equador em 2013, apadrinhado por Pablo Hermoso de Mendoza, não se justificando por isso que actuasse entre nós na qualidade de cavaleiro amador), o que já lhe permite enfrentar toiros.
A empresa "Toiros & Tauromaquia" apresenta também hoje um dos exemplares da ganadaria Passanha para a corrida de 11 de Agosto (Rui Fernandes, Diego Ventura e João R. Telles e os forcados de Évora e de Alcochete) e outro da ganadaria Fernandes de Castro para a terceira e última corrida da feira, a 13 de Agosto (corrida comemorativa do 50º aniversário dos Forcados do Aposento do Barrete Verde de Alcochete, para a qual estão já anunciados os cavaleiros Luis Rouxinol e Jacobo Botero, faltando conhecer o terceiro integrante do cartel).
Tudo a postos para a grande Feira do Toiro-Toiro em Alcochete!

Fotos Emílio de Jesus, Florindo Piteira e D.R./cortesia "Toiros & Tauromaquia"

Moura, Salvador e Cortes a 7 de Agosto em Tomar

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João Moura, Rui Salvador e Francisco Cortes compõem o cartel da corrida nocturna que na sexta-feira, 7 de Agosto, se vai realizar na praça de toiros de Tomar. Lidam-se toiros da ganadaria Ascensão Vaz e pegam dois grupos de forcados, os Amadores de Tomar e outro ainda por designar. O cavaleiro Francisco Maldonado Cortes, que está a comemorar 20 anos de alternativa, actua pela primeira vez na sua carreira na praça de Tomar.

Foto Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com

Amanhã: corrida de gala comemora 120 anos do emblemático Coliseu Figueirense

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Amanhã, sábado, a Figueira da Foz recebe um dos maiores marcos da temporada taurina: a corrida de toiros comemorativa do 120º aniversário do Coliseu Figueirense.
Com o intuito da sua construção foi criada a Companhia do Coliseu Figueirense, que teve como grande impulsionador o médico figueirense Dr. João Antunes Pereira das Neves, ao qual se juntou outro grande aficionado, o Dr. Anibal Augusto Penel.
Com as obras a decorrer em tempo recorde, o Coliseu Figueirense teve o seu dia de inauguração a 25 de Agosto de 1895, com a capacidade para 7.000 lugares e para o qual se anunciaram dois espectáculos em dias seguidos, onde pontificaram os nomes do cavaleiro Alfredo Tinoco da Silva, um dos mais conceituados cavaleiros da época, o matador espanhol Filipe Aragón Minuto, e os forcados que trabalhavam na praça de toiros de Algés, comandados por Jacaré. Lidaram-se oito toiros em cada espetáculo das ganadarias de Faustino da Gama e Victorino Frois.
Ao longo destes 120 anos de história muitas foram as tardes e noites de glória para a tauromaquia local e nacional, entre as quais se destacam as duas corridas de toiros de morte no ano de 1927, altura em que se permitia no nosso país tal acontecimento, bem como a inauguração da luz eléctrica no ano de 1986. O Coliseu Figueirense foi palco de três recordadas Corridas "Farpas" com praça cheia e de corridas televisionadas.
Cada vez mais bonito e esbelto, o Coliseu Figueirense, agora com a capacidade para 4.821 lugares, contará com mais uma página de ouro para a sua história com a realização da corrida de toiros de gala à antiga portuguesa já amanhã, sábado, 18 de Julho pelas 22h00, com a participação dos cavaleiros Joaquim Bastinhas, António Telles, Ana Batista, Filipe Gonçalves, Marcos Bastinhas e Marcelo Mendes, e dos forcados amadores de Vila Franca e Ramo Grande (Açores), perante seis toiros da emblemática ganadaria de Veiga Teixeira.
A não perder!

Fotos M. Alvarenga

Campo Pequeno, ontem: valeu a primeira parte e as pegas

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Ontem o Campo Pequeno teve a assistência mais fraca das primeiras sete
corridas desta temporada
A classe e a elegância de Manuel Ribeiro Telles Bastos marcaram a sua
primeira actuação
Miguel Moura empolgou a assistência no terceiro toiro da noite, foi a
melhor e mais emotiva lide da corrida de ontem em Lisboa
Duarte Pinto rubricou bonita actuação no seu primeiro toiro e depois perdeu-se
por completo no segundo...
A pega de Guilherme Santos (quinta da noite) venceu ontem o Concurso de Pegas
na praça do Campo Pequeno. Os Amadores de Beja levaram para casa o prémio
pelo segundo ano consecutivo

A praça do Campo Pequeno registou ontem meia entrada, a mais fraca das sete primeiras corridas, numa noite em que os maiores atractivos eram os toiros de Canas Vigouroux (que não desiludiram) e o Concurso de Pegas, ganho pelo forcado Guilherme Santos, dos Amadores de Beja (fotos de cima e do lado), grupo que vence pelo segundo ano consecutivo. Mas houve mais pegas que mereciam o galardão, nomeadamente a primeira dos Amadores de Monforte, por Nuno Toureiro. No geral, os três grupos (Cascais, Monforte e Beja) estiveram à altura do desafio e as pegas foram emotivas.
Os toiros de Canas Vigouroux foram desiguais de apresentação e comportamento, destacando-se o segundo e o terceiro, tendo neste sido concedida (e bem) volta à arena ao ganadeiro Pedro Canas Vigouroux, embora este se limitasse a ir ao centro da arena agradecer os justos aplausos do público.
No que aos cavaleiros diz respeito, houve apenas meios-triunfos, isto é, estiveram os três bem na primeira parte da corrida - Manuel Telles Bastos, Duarte Pinto e Miguel Moura, tendo sido este o que mais empolgou a assistência - e na segunda parte não conseguiram repetir o sucesso anterior.
Rogério Jóia esteve acertado na direcção da corrida e mais logo, não perca aqui a detalhada análise de Miguel Alvarenga e as foto-reportagens de Maria João Mil-Homens (as pegas, uma a uma e os melhores momentos artísticos dos três cavaleiros).

Fotos Maria João Mil-Homens

5 e 6 de Setembro: os cartéis de Montemor

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Quase rematados os cartéis de Setembro na praça de Montemor, faltando apenas acertar e concluir as negociações com o apoderado Andrés Caballero para se confirmar a inclusão de Rui Fernandes na corrida de toiros de domingo, dia 6, onde estão já certas as presenças de João Moura Jr. (foto ao lado), grande triunfador da corrida de 1 de Maio, e de Manuel Telles Bastos. Os toiros são da ganadaria de Silva Herculano e pegam, como manda a tradição, os Forcados Amadores de Montemor - informa o empresário Paulo Vacas de Carvalho, que nos adianta:"Penso que entre hoje e amanhã ficará rematado o cartel, falta apenas concluir as conversações com o apoderado de Rui Fernandes, que será o cabeça de cartaz".
Na véspera, sábado, 5 de Setembro, tem lugar o já tradicional festival em que se disputam os troféus "Espora de Prata" (melhor lide a cavalo) e "Forcado de Prata" (melhor pega). Serão lidados quatro novilhos da ganadaria de Jorge Mendes e o cartel integra os cavaleiros amadores Francisco Núncio, Joaquim Brito Paes, António Núncio e Ricardo Cravidão, bem como os forcados de Montemor e de Évora. Os dois espectáculos terão início às 17h00.

Fotos M. Alvarenga



Concurso no Campo Pequeno: o "filme" das 6 pegas de ontem

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Os grupos de forcados Amadores de Cascais, de Monforte e de Beja (fotos
de cima) disputaram ontem no Campo Pequeno o já tradicional Concurso de
Pegas. Ganhou, pelo segundo ano consecutivo, o Grupo de Beja, que tinha nas
bancadas uma legião de seguidores. Vamos ver a seguir as 6 pegas da noite

1ª pega (Amadores de Cascais)
Ventura Doroteia executou ao segundo intento a primeira pega da noite de ontem
no Campo Pequeno, com excelente ajuda de todo o grupo, dando volta (como a
deram todos os forcados) com Manuel Telles Bastos. A pega foi brindada à

Drª Paula Resende, administradora do Campo Pequeno

2ª pega (Amadores de Monforte)
Grande pega de Nuno Toureiro ao segundo toiro da noite. No conjunto dos oito
intervenientes (forcado de cara e restantes companheiros), foi a melhor e mais
perfeita pega da noite. Emotiva e de valor, com o forcado a aguentar a brusquidão
da viagem e o grupo a ajudar muito bem. Destacou-se a rabejar, nesta e depois
também na segunda pega dos de Monforte, o cabo Ricardo Carilho

3ª pega (Amadores de Beja)
Miguel Sampaio foi o forcado de vara na terceira pega da noite, a um belíssimo
e encastado toiro de Canas Vigouroux. Concretizou com boa técnica e fechou-se
bem ao primeiro intento, com o grupo também a ajudar coeso

4ª pega (Amadores de Cascais)
A quarta pega foi eficientemente executada pelo cabo dos Amadores de Cascais,
Joel Zambujeira, bem ajudado pelos companheiros e que consumava a 100ª pega
da sua carreira. Com a técnica e o poder de sempre

5ª pega (Amadores de Beja)
Esta foi a pega vencedora do concurso de ontem no Campo Pequeno. O Grupo de
Beja, que deveria ter fechado a noite, pegou o quinto da ordem, lidado por Miguel
Moura, porque o que cabia a Duarte Pinto foi devolvido aos currais e este toureou
no final do sobrero. A pega de Guilherme Santos valeu sobretudo pela sua decisão
e não tanto pela consumação colectiva. Atrás das tábuas, como se pode ver nas
fotos, houve também ajudas decisivas de elementos do Grupo de Cascais. Foi uma
rija pega, daí a ganhar o concurso... E o júri, quem o compunha? Ninguém anunciou...

6ª pega (Amadores de Monforte) 
O experiente Vitor Carreiras, violentamente derrotado na primeira tentativa,
fechou-se à segunda com enorme decisão e querer. O grupo foi posto "fora de
combate"
, mas o forcado não saíu da cara do toiro e depressa os companheiros
se recompuseram e se colocaram no seu lugar, consumando uma das mais
emotivas pegas da noite. Deu sózinho a volta à arena. Brindara a pega ao ganadeiro

Pedro Canas Vigouroux

Fotos Maria João Mil-Homens

Campo Pequeno, ontem: foram-se os Canas e nem houve foguetes...

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Manuel Telles Bastos reafirmou a elegância e a classe (tanta!) do seu toureio
antiga"
, mas esteve longe do apoteótico triunfo de 14 de Maio
A primeira lide de Duarte Pinto teve nível. A segunda, o melhor, mesmo, é
esquecer... Mais um cavaleiro que não soube aproveitar uma belíssima
oportunidade para sair triunfador da primeira praça do país...
A actuação de Miguel Moura no terceiro da ordem foi a mais aplaudida da noite.
No seu segundo, não repetiu o triunfo e abusou de mostrar as habilidades do
cavalo "Pinguim"...



Miguel Alvarenga - Pese embora o incontestado e reconhecido valor dos três jovens cavaleiros de dinastia que o integravam, o cartel da corrida de ontem no Campo Pequeno era o menos apelativo e o que fugia, de algum modo, ao altíssimo nível (exceptuando também o vulgaríssimo elenco da Corrida TV) que têm tido todos as anteriores da Temporada Sensacional na primeira praça do país. Os maiores atractivos de ontem eram, verdade seja dita, os toiros de Canas Vigouroux e o Concurso de Pegas. A data também não era das melhores - há sempre imensa gente a ir de férias no dia 15 - e por isso se compreende que as bancadas tenham registado a mais fraca afluência de público deste ano em Lisboa. Mesmo assim, meia casita pode considerar-se uma vitória. Esperava menos.
Os toiros de Pedro Canas Vigouroux não desiludiram as expectativas que rodeavam a sua presença no Campo Pequeno. Exceptuando o último, o sobrero lidado por Duarte Pinto - por o seu segundo toiro (quinto da ordem) ter manifestado evidentes debilidades, recolhendo aos currais - que foi manso e não serviu, os restantes sairam encastados e destacaram-se o segundo e terceiro da noite, tendo neste o ganadeiro recolhido muito justamente os aplausos do público no centro da arena, não dando no entando a volta que, merecidamente, lhe fora concedida pelo director de corrida Rogério Jóia. No que à apresentação diz respeito, não houve um consenso geral, houve toiros mais pequenos e outros mais encorpados, com mais trapio e mais no tipo da ganadaria. Houve, isso sim, unanimidade quanto à seriedade que impuseram e às poucas facilidades que deram aos toureiros e aos forcados. Manteve-se, inabalável, o carisma e o selo de toiros temidos, de uma ganadaria séria e dura. Mas, hoje, já longe do "terror" de outros tempos, quando se celebrizaram pela"sopa de corno" que invariavelmente davam aos forcados nas antigas corridas de Samora. A linha da ganadaria mudou e os Canas, mantendo a seriedade, estão hoje mais brandos...
Como se tratava de um Concurso de Pegas, vamos começar pelos Forcados - que foram, na verdade, os maiores protagonistas da noite de ontem.
Muito embora nas últimas corridas as grandes pegas efectuadas no Campo Pequeno se tenham ficado mais a dever aos forcados de cara do que propriamente à intervenção colectiva dos grupos - cito, como exemplos, a de Marcelo Loia na Corrida TV e a de Pedro Espinheira na quinta-feira passada - há que lembrar que uma pega é sempre feita por oito elementos e não apenas por um.
A pega que ontem venceu o concurso ficou a dever-se muito mais à decisão e ao querer do forcado da cara, o valente Guilherme Santos (quinta pega da noite), do que propriamente à intervenção dos restantes elementos dos Amadores de Beja, grupo que ganhou pelo segundo ano consecutivo. Foi uma pega de valor. Mas houve pegas mais perfeitas.
A de Nuno Toureiro (segunda da corrida), dos Amadores de Monforte, foi uma pega tecnicamente correcta e com intervenção coesa e pronta de todo o grupo a ajudar o brilhante forcado da cara, que esteve bem a citar, a recuar e se fechou com galhardia, aguentando derrotes sem nunca sair.
A última pega da noite, que coube também aos forcados de Monforte (por Duarte Pinto ter lidado no fim o sobrero em lugar do quinto toiro, que lhe pertencia e a este grupo, mas foi devolvido por incapacidades), embora executada à segunda tentativa pelo valente Vitor Carreiras, foi também uma grande e emotiva pega, com o forcado decidido e a querer, depois de na primeira intervenção ter sido violentamente derrotado.
Pelos Amadores de Beja, a primeira pega (terceira da corrida) foi executada com brilhantismo por Miguel Sampaio e aqui o grupo esteve muito melhor a ajudar do que na pega vencedora. É verdade, ficámos todos sem saber quem constituía o júri... porquê o anonimato?...
Os Amadores de Cascais abriram a noite com uma pega ao segundo intento a cargo de Ventura Doroteia e tiveram uma mais triunfal intervenção na quarta pega da noite, a centésima da carreira do valente cabo Joel Zambujeira, que esteve perfeito a recuar e a fechar-se com a usual decisão, muito bem ajudado por todos os companheiros. 100 pegas são uma vida e este é um dos grandes forcados da actualidade.
Agora os cavaleiros. Que se ficaram ontem a meio do caminho, isto é, tiveram apenas meios-triunfos, já que brilharam os três na primeira parte e depois do intervalo não conseguiram igualar os triunfos anteriores. Está bem que os toiros também ajudaram menos e o que melhor se evidenciou ainda foi Manuel Telles Bastos, apesar de não ter repetido o brilhantismo da primeira lide. Miguel Moura esteve meio desacertado na cravagem, sofreu um toque violento e abusou de mostrar as habilidades do excelente cavalo "Pinguim". Duarte Pinto perdeu por completo os papéis diante do manso sobrero e tudo correu em plano de desastre. Não esteve mal nos compridos, depois falhou o primeiro curto (acontece) e seguiu-se uma sucessão de desencontros do cavaleiro consigo próprio numa actuação daquelas que atiram qualquer toureiro ao fundo e que o melhor, mesmo, é esquecer. Foi só mais um que não soube aproveitar uma belíssima oportunidade de sair triunfador da primeira praça do país. A realidade é que, ao contrário do que muitos querem fazer crer, oportunidades não faltam, nem nunca faltaram a todos os toureiros, sem excepção. Muitos ficaram pelo caminho, outros ainda aí andam a penar e a maçar-nos, pela simples razão de que as deixaram passar ao largo. Mas de falta de oportunidade não se queixem, que é mentira.
Na primeira parte, Manuel Telles Bastospôs em grande destaque a elegância e a distinta classe do seu toureio "à antiga", foi pena não ter resultado a intenção do primeiro comprido à "porta gaiola" (que viria a concretizar no segundo), mas depois cresceu e esteve ao seu melhor nível, de grande cavaleiro que é, destacando-se na correcta brega e na sempre emotiva e verdadeira forma como aborda os toiros e reúne ao estribo, como os livros mandam.
O segundo toiro tinha tudo para dar uma lide brilhante e Duarte Pinto aproveitou-o inteligentemente, fazendo sobressair a emoção do seu toureio frontal, vencendo o piton contrário, cravando com rigor, consentindo. Chegou ao público e teve o bonito gesto de, quando ia embora, aplaudir o toiro e com ele repartir o triunfo.
O mais clamoroso êxito da noite foi o de Miguel Moura no terceiro da ordem, outro grande toiro de Canas Vigouroux, a que o jovem benjamim da dinastia de Monforte deu lide perfeita. Tudo foi em crescendo e a praça entrou em verdadeiro alvoroço, levantou-se o público e brilhou Miguel na arena, com brega correcta, praticamente sem intervenção dos bandarilheiros e ferros com a marca - única, inigualável - da Casa Moura. Actuação brilhante. E agora, também, Miguel Moura sobre a mesa onde Rui Bento e a administradora do Campo Pequeno irão nos próximos dias delinear a segunda parte da temporada.
Sobretudo na colocação dos toiros para as pegas, bom desempenho dos bandarilheiros ontem intervenientes no Campo Pequeno: João Ribeiro "Curro" e António Telles Bastos (um jovem Senhor Toureiro), Marco Sabino e Joel Piedade e os veteranos João Ganhão e Nuno Oliveira.
E foi assim a nocturna de ontem em Lisboa: vieram os Canas, foram-se os Canas e, feitas as contas, não houve grandes razões para deitar muitos foguetes. A corrida valeu por metade, o melhor ainda foram as pegas.
O director Rogério Jóia teve carradas de razão quando concedeu a volta à arena, no terceiro toiro, ao ganadeiro Pedro Canas Vigouroux e, como sempre, pautou a sua actuação pelo usual manifesto desejo de ajudar e empurrar os toureiros para a frente. O Campo Pequenoé o Campo Pequeno e um pouco menos de condescendência e de maior rigidez (estilo Reinhardt), às vezes, não lhe ficaria mal. Esteve bem quando recusou mais um ferro a Miguel Moura na segunda parte da corrida. E não esteve bem quando permitiu mais um a Duarte Pinto no último da noite e muito menos, ainda, quando exibiu o lenço branco, permitindo-lhe a injustificada volta à arena - que o cavaleiro, consciente do desastre que protagonizara, recusou dar.
Foi, em suma, uma corrida assim-assim. Venham Pablo, Moura e Telles na próxima. Será melhor, certamente.

Fotos Maria João Mil-Homens


Ó Marcelino, por amor da santa...

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Aqui no "Farpas", admiramos o trabalho do empenhado Diogo Marcelino e aplaudimos mesmo o seu arrojo profissional e o seu sentido jornalístico (teve escola e tem estilo, não é propriamente um curioso disto, como a maioria dos que por aí escrevem e falam...), mas não podemos (nem devemos) deixar de o censurar pela triste figura em que se apresenta na trincheira do Campo Pequeno, a fazer as suas reportagens para o magazine "Faenas TV" mai-la namorada loira. Por amor da santa, ó Marcelino, a trincheira do Campo Pequeno merece maior respeito, trata-se de um dos primeiros palcos mundiais da Tauromaquia, não é a aldeia dos macacos e muito menos uma praia onde o nosso amigo se possa dar ao luxo de se exibir nesta triste figura, com sapatinhos de lona, calções e t-shirt. Mais respeitinho, ó Marcelino.

Fotos Maria João Mil-Homens

Próxima 5ª feira: um cartel para esgotar o Campo Pequeno!

Amanhã, sábado: todos os caminhos vão dar à Figueira da Foz!

Tsipras não estava lá: não perca amanhã todos os Famosos que ontem estiveram no Campo Pequeno

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O mediático advogado de Duarte Lima e também do Caso BES, Dr. Raul Soares
da Veiga (ao meio, de fato e gravata) assistiu ontem à nocturna do C. Pequeno


Dir-se-ia (e houve mesmo na praça quem o assegurasse...) que o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras (foto ao lado) estava ontem no Campo Pequeno a assistir à corrida. Mas não era. Na foto de cima, o sósia do político mais famoso da actualidade, é um jovem aficionado que tem estado presente nas últimas corridas, sempre numa barreira do Sector 2, mesmo ao lado de José Luis Gomes, antigo cabo dos Forcados de Lisboa. Ainda assim, ontem, o ganadeiro João Folque (Palha) e os seus companheiros de corrida garantiam que "aquele é o Tsipras!". Mas não era...
Quem era mesmo ele, esse sim, era oDr. Raul Soares da Veiga, o mediático advogado de Duarte Lima, que presenciou a corrida de ontem numa barreira do Sector 2.
Amanhã, aqui no "Farpas", não perca a grande foto-reportagem de Maria João Mil-Homens: todos os Famosos que ontem estiveram na corrida do Campo Pequeno.
Entretanto e hoje, para não perder nada do que já publicámos, não se esqueça: quando chegar ao final da página, clique em Mensagens Antigas no canto inferior direito e veja as páginas e publicações anteriores.

Fotos Maria João Mil-Homens e D.R.

Hoje: gala na Figueira da Foz nos 120 anos do Coliseu


Ontem, 6ª feira: 10.983 leram o "Farpas"!

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Luis Freire Gameiro: morreu um Grande Forcado

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O grande Luis Freire Gameiro (primeiro da esquerda, na foto), com Joaquim Pedro
Torres, António Paim (outro grande Forcado também recentemente falecido) e
Carlos Empis. Em baixo, uma imagem que perdurará para todo o sempre

A Festa em geral, os Forcados Amadores e o Grupo de Santarém estão de luto pela morte de uma das maiores glórias das arenas, Luis Freire Gameiro, um dos Homens que mais engrandeceu a arte de pegar toiros e que integrou os Amadores de Santarém entre os anos de 1958 e 1965, depois de se ter iniciado no Grupo da Escola Agrícola de Santarém e de, nos anos de 1956 e 1957, ter pertencido aos Amadores de Montemor, ao tempo comandados por Américo Chinita de Mira.
O grande Luis Gameiro despediu-se das arenas a 30 de Maio de 1965, na Monumental "Celestino Graça", na corrida em que se festejou o 50º aniversário dos Amadores de Santarém - há precisamente 50 anos - sendo cabo, ao tempo, o histórico Ricardo Rhodes Sérgio, a quem entregou a sua jaqueta.
Com a sua despedida, não desapareceu das arenas o distinto apelido Gameiro. A sua obra brilhante foi seguida por seus filhos Francisco e Luis Manuel, dois forcados que honraram e muito dignificaram o nome de seu Pai e a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Santarém.
Luis Freire Gameiro faleceu ontem com 79 anos no Hospital de Santarém e as cerimónias fúnebres realizam-se neste momento no cemitério de Alpiarça.
A toda a Ilustre Família enlutada, muito em particular a seus filhos e aos Amadores de Santarém, endereçamos as mais sentidas condolências.
Que em paz descanse.

Fotos D.R. e C. Brito/Arquivo


Corrida TV/Norte: não se dignificou, antes pelo contrário, a imagem do Forcado Amador...

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Primeiro: quem organiza e está à frente de uma corrida tão importante e de tão boa memória como a da TV/Norte, que ontem se realizou na Monumental da Póvoa de Varzim, deve ter antes de mais a preocupação de compor um elenco (o chamado cartel) que dignifique e engrandeça a Festa de Toiros. Trata-se de um espectáculo televisionado e, por isso mesmo, visto por milhões de telespectadores. Na corrida de ontem, não se teve minimamente em conta a preocupação de transmitir ao país a boa imagem do Forcado Amador - o que é ainda mais estranho se tivermos em conta que o empresário organizador do espectáculo, João Pedro Bolota (empresa"Aplaudir") é (foi) um Forcado com história e com responsabilidade acrescida, por isso mesmo, na defesa da imagem dos valentes rapazes das jaquetas de ramagens - a imagem que ele tão bem defendeu durante anos e anos.
Para uma Corrida TV, seja ela onde for, há que contratar grupos consagrados e que possam dar, no mínimo, a garantia de um bom espectáculo. Isso ontem não aconteceu - nem de perto, nem de longe. Os toiros da ganadaria de Herdeiros de Conde Cabral (que, na generalidade, estiveram bem por cima dos forcados e até dos próprios toureiros) pediam contas e exigiam outros grupos, com maior experiência, com mais nome e com garantias de que se defenderia, como é devido e merecido, a imagem do Forcado Amador.
Espera-se agora, com justificada expectativa, a reacção - de se exige e de impõem - da chamada Associação Nacional de Grupos de Forcados. Que tem que ter uma palavra a dizer sobre a vergonha de ontem.

Fotos Maria João Mil-Homens

Caetano enorme na Corrida TV/Norte

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João Moura Caetano foi ontem o grande triunfador da Corrida TV/Norte
O magnífico cavalo "Temperamento" teve honras de vir à praça no final
Filipe Gonçalves e o cavalo que bate palmas galvanizaram o público
festivo da Póvoa de Varzim. Aqui, o número encaixa na perfeição.
No Campo Pequeno, as coisas são mais sérias... e bem mais a sério
Filipe Gonçalves agradecendo os aplausos, na companhia de Rafael Vilhais,
na qualidade de representante da ganadaria de Conde Cabral


João Moura Caetano ganhou muito justa e merecidamente o prémio para a melhor lide, ontem, na Corrida TV/Norte que se celebrou na Póvoa de Varzim com os sectores de sol completamente cheios e os de sombra a meio gás - isto é, sem o fulgor de outros tempos em que a Monumental esgotava para este marcante acontecimento.
Moura Caetano protagonizou uma actuação de alto nível, destacando-se sobretudo com o magnífico cavalo "Temperamento" (que no final veio à praça, como prémio do seu fantástico labor). Foi uma lide intensa e profunda onde desenvolveu o melhor da sua tauromaquia.
O segundo cavaleiro mais destacado foi Filipe Gonçalves, que galvanizou o público festivo da Póvoa de Varzim com o seu toureio espectacular, com o cavalo que bate palmas (e aqui se encaixa na perfeição) e com a sua forma muito peculiar e bem popular de contagiar o público.
Os toiros de Conde Cabral pediam contas, arrancavam-se com alegria e não eram"para meninos"... ou meninas. Toiros de verdade e sérios, estiveram, na generalidade, por cima dos toureiros e dos forcados.
Joaquim Bastinhas teve azar com o seu toiro, o pior do lote, mas deu a volta à situação mercê da sua muita experiência e do seu grande brio profissional. Sónia Matiasé uma valente e o seu toureio desenvolto encaixa em absoluto num público como aquele, agradou, como agrada sempre ali. João Maria Branco procurou estar bem, sofreu alguns toques violentos, mas mesmo assim o público esteve com ele. A jovem Mara Pimenta acusou alguma inexperiência e também falta de rodagem, numa temporada em que tem toureado pouco.
Pegaram - ou tentaram pegar - os grupos do Ribatejo (onde há que destacar o estoicismo e a garra do cabo Pedro Espinheira, que pegou só à terceira o primeiro toiro da corrida), da Moita (que ganharam o troféu para a melhor pega) e do Ramo Grande (Açores), pouco havendo a referir neste campo, numa noite em que não saíu minimamente dignificada a imagem do Forcado Amador. Foi pena.

Fotos Maria João Mil-Homens

Corrida TV/Norte: o desabafo de um Forcado incomodado com a vergonha...

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Nuno Marques, um dos maiores Forcados dos últimos anos, que muito e tão bem dignificou ao longo de anos e anos a imagem doForcado Amador, quer como elemento dos Amadores da Chamusca, quer posteriormente como condutor de homens e cabo do mesmo grupo, desabafou na rede social "Facebook" o que a seguir transcrevemos - e com que concordamos a 200% - sobre a triste e desoladora imagem que ontem foi dada dos forcados na Corrida TV/Norte da Póvoa de Varzim:


Reflecti bastante sobre se deveria ou não partilhar a minha opinião sobre a corrida desta noite, mais que uma opinião, partilhar o que sinto neste momento. Não posso ficar indiferente ao que vi, não posso negar tudo aquilo que sempre defendi e exigi quase de forma obstinada a todos os forcados que comigo se fardaram. Respeito todos os forcados de todos os grupos... mas um Forcado é uma figura, deve ser um exemplo de disciplina e dignidade, um balanço perfeito entre a técnica e a raça, assim como um grupo deverá ser uno e coeso. Porém a humildade de se ser amador não pode ser confundida com desleixo ou incapacidade (para não utilizar outro termo), para começar um grupo de forcados deve saber como fardar e comportar-se em praça, depois deve estar bem preparado, bem treinado, conhecedor do toiro, dos seus terrenos, dos tempos de investida e dos tempos da pega e não negligenciar o remate da mesma, o rabejar... deve saber minimizar as dificuldades... enfim... Mas não responsabilizo aqueles que mais admiro, os forcados, responsabilizo sim quem contrata, sem critério nem respeito pela imagem do Forcado Amador, fazendo assim um mau serviço à tauromaquia. Importa ter a noção do efeito ressonante que uma corrida televisionada tem na opinião pública, e hoje a imagem é pálida e preocupante (vi espectadores a rir num tom de desprezo e desconsideração)... estou triste, desiludido até revoltado mas isso pouco importa, no final o que importa são outros valores, literalmente!

Nuno Marques/Facebook

Foto Emílio de Jesus/fotojornalistaemilio@gmail.com

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