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Próxima corrida no Campo Pequeno: Telles Bastos, Lupi e Ferrera


Noite dura ontem no Campo Pequeno...

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António Ribeiro Telles e o forcado João Romão Tavares, dos Amadores de Montemor (foto ao lado), ganharam ontem, justamente, os dois troféus que estavam em disputa na 50ª edição da Corrida RTP no Campo Pequeno, respectivamente, os prémios "Casa do Pessoal da RTP" para a melhor lide (a que António efectuou ao quarto toiro da noite) e "João Moreira de Almeida" para a melhor pega (a terceira da corrida).
A praça registou uma agradável moldura humana (quase três terços das bancadas preenchidos) e a corrida ficou marcada, sobretudo, pela seriedade dos toiros de Murteira Grave - que pediram contas a toureiros e forcados, mas contas daquelas "de doer".
A registar, também, excelentes actuações de Vitor Ribeiro e João Maria Branco e uma fantástica noite de competição para os grupos de forcados de Montemor e Lisboa, os grandes heróis da noite, havendo a registar apenas a dramática colhida do valente Francisco Borges, que felizmente já se encontra em casa e sem lesões de gravidade.
Hoje, aqui, vamos contar-lhe tudo e mostrar-lhe todas as fotos - não percam!

Fotos D.R./Campo Pequeno

Francisco Borges sem lesões graves e já em casa

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Pedro Maria Gomes, cabo dos Amadores de Lisboa, foi o primeiro a socorrer
Francisco Borges (dos Amadores de Montemor) ontem à noite na arena do
Campo Pequeno, quando o forcado ficou inanimado
Francisco Borges (pai) viveu ontem momentos de dramatismo e angústia depois
da aparatosa colhida do filho na arena do Campo Pequeno
A Mãe de Francisco Borges quando ontem corria para a enfermaria, depois do filho
ter sido retirado da arena inanimado, vendo-se também na foto, à sua frente, o
ganadeiro e antigo forcado Jorge Mendes, também ele pai de um actual elemento
dos Amadores de Montemor. Na foto de baixo, o jovem forcado quando brindava a
sua pega aos antigos cabos do grupo António José Zuzarte e João Cortes e também
a antigos elementos que pegaram na 1ª Corrida TV há 50 anos e ontem se
encontravam na praça

Não sofreu qualquer lesão grave, graças a Deus e já se encontra em casa, em Lisboa, depois de ter estado a noite em observação no Hospital de Santa Maria, o valente forcado Francisco Borges (na foto ao lado), vítima de violenta e impressionante colhida ontem à noite no Campo Pequeno quando tentava executar a pega ao quinto toiro da noite, da ganadaria Murteira Grave.
"O Francisco foi primeiro socorrido pela equipa médica da praça na enfermaria e depois transportado para Santa Maria, onde os médicos suspeitaram inicialmente de uma lesão na cervical, mas felizmente isso não se confirmou. Fizeram-lhe um segundo exame (TAC) exactamente para confirmar a não existência dessa lesão e o médico neurocirurgião que ontem o observou em Santa Maria disse-nos que não havia nenhuma lesão grave. Foi um susto enorme, mas graças a Deus sem consequências de maior", disse ao "Farpas" o pai do forcado, Francisco Borges, antigo elemento dos Amadores de Montemor.
Francisco Borges, recorde-se, foi o forcado também esfaqueado no ano passado em Alcácer, na rixa em que perdeu a vida José Maria Cortes, o saudoso cabo do grupo montemorense, cuja fotobiografia foi ontem apresentada, à tarde, no Campo Pequeno. Recuperado dos ferimentos sofridos nessa triste ocorrência (duas facadas), voltou ainda na temporada passada a pegar e foi mesmo o forcado mais premiado do ano. Os pais assistiam ontem à corrida e a Mãe correu para a enfermaria, em estado de choque, quando o filho foi retirado da arena inanimado. Felizmente, o pior está passado. Embora residente em Évora, Francisco está em Lisboa, em casa de familiares, onde deverá permanecer os próximos dias em repouso. Daqui lhe endereçamos votos de rápido restabelecimento.

Não perca, já a seguir, a sequência dramática da violenta colhida.

Fotos M. Alvarenga

Famosos ontem no C. Pequeno na apresentação da fotobiografia de José M. Cortes

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Os pais do saudoso José Maria Cortes na primeira fila com um sacerdote amigo
da família
João e Ana Maria Cortes não esconderam a emoção no momento
em que era apresentada a fotobiografia do filho, morto há um ano
durante uma rixa em Alcácer do Sal
Velha Guarda: oito glórias da forcadagem, dos grupos de Montemor e Lisboa,
que estiveram presentes há 51 anos no Campo Pequeno na 1ª Corrida TV:
Rui Souto Barreiros, Pedro Barroso, Joaquim Zita Cortes, Alexandre Lourenço
Marques ("Trepa"), José Jorge Pereira (Zeca Pereira), José Caraças, António José
Zuzarte e Simão Comenda
Uma amizade de muitos anos: Miguel Alvarenga e Rui Souto Barreiros
Ana de Alvarenga e Maria João Mil-Homens. Lindas!
Amadores de Évora presentes: Manuel Rovisco Paes e o cabo António Alfacinha
Símbolos de duas épocas distintas dos Amadores de Montemor: Paulo Pessoa
de Carvalho e Fernando Hilário
José Cabral (à direita na foto), reputado neurocirurgião e antiga glória dos
Forcados de Montemor, à conversa com outra lenda da forcadagem, Fernando
Hilário, ex-cabo dos Amadores Lusitanos e também destacado elemento do grupo
de Montemor
Rui Souto Barreiros (antigo forcado dos grupos de Montemor, Santarém e Ribatejo,
ex-cabo deste último, um dos forcados que pegou na 1ª Corrida TV há 51 anos no
Campo Pequeno) com Francisco Mira, antigo forcado de Montemor e que ontem
voltou a brilhar com os magníficos petiscos (g'anda presunto!) da sua "Charcutaria
Lisboa", a maravilhosa casa de comes e bebes do Mercado de Campo de Ourique
Pipas Coelho dos Reis, cabo dos Forcados do Aposento da Chamusca, com o
recém-casado Francisco Caldeira (Amadores de Montemor)
Os antigos forcados Manuel Calejo Pires (Grupo de Santarém), também ganadeiro
e Francisco Mira (Grupo de Montemor), com Carmo Franco de Sousa e o fadista
Manuel da Câmara e seu filho Zé Maria
Manuel Rovisco, o valente forcado dos Amadores de Évora, com amigos de Sevilha
Glórias da forcadagem dos grupos de Lisboa e Montemor: José Caraças, João Nuno
Azevedo Neves, Simão Comenda, Pedro Barroso e Joaquim Zita Cortes
Entre outros, os antigos forcados de Montemor José Gomes da Silva "Turra" e
Carlos Pegado e o ganadeiro Joaquim Grave (ex-forcado de Santarém) com sua
filha Sarah
Elísio Summavielle, antigo secretário de Estado da Cultura, e sua Mulher
Pedro Maria Gomes, actual cabo dos Amadores de Lisboa (ao meio) com duas
glórias do grupo, ambos intervenientes há 51 anos na 1ª Corrida TV: José Caraças
(à esquerda na foto) e João Nuno Azevedo Neves, prestigiado advogado
Duas lendas vivas da forcadagem: Rui Souto Barreiros e Fernando Hilário
O lançamento do livro "José Maria Cortes - Um Forcado para a História" encheu
ontem à tarde a arena da praça de toiros do Campo Pequeno
Francisco Romeiras (ao centro) no uso da palavra, ladeado por António Vacas de
Carvalho e Miguel Soares (à esquerda na foto) e Rodrigo Corrêa de Sá e José
Fernando Potier (à direita)
Muitos forcados de vários grupos e amigos de José Maria Cortes assistiram
ontem na arena do Campo Pequeno ao lançamento da fotobiografia do saudoso
forcado, uma obra fantástica de Miguel Soares e Francisco Romeiras
Simão da Veiga, filho de Mestre Luis Miguel da Veiga, antigo forcado de Montemor
Os irmãos Agostinho e Francisco Borges, antigas glórias do Grupo de Montemor
Dois forcados da primeira hora, que intervieram há 51 anos no Campo Pequeno na
1ª Corrida TV, Simão Comenda e José Jorge Pereira, com Pedro Barroso

Fotos M. Alvarenga e Ana de Alvarenga

Sequência dramática da violenta colhida de Francisco Borges ontem no Campo Pequeno

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Forografados ao intervalo, Francisco Borges (à direita) e Frederico Caldeira
(à esquerda) que o dobrou depois da violenta colhida
Numa cadeira de rodas há dois anos, depois da dramática colhida que o deixou
tetraplégico, há dois anos (Agosto de 2012) também numa Corrida TV, Nuno "Mata"
esteve ontem com José Cáceres e Vasco Lucas a comentar a corrida do Campo
Pequeno. Foi brindado pelo cavaleiro João M. Branco e pelo Grupo de Lisboa
Toca para a pega, ninguém se nega - como reza o fado. Francisco Borges
saltando as tábuas, acompanhado pelos elementos do grupo, para a quinta pega
da 50ª Corrida TV ontem no Campo Pequeno
Brindando aos antigos cabos João Cortes e António José Zuzarte (à direita, na
foto, no burladero) e também aos antigos elementos do grupo que pegaram há
51 anos da 1ª Corrida TV
O toiro fechou-se em tábuas e Francisco Borges foi buscá-lo a terrenos de
muito compromisso. Praticamente pouco espaço lhe restou para recuar
Sequência dramática da colhida. Borges sofreu um violentíssimo derrote e caíu
já inanimado na arena. Receou-se o pior
Um outro forcado sofreu também violenta colhida, sem consequências,
enquanto os forcados procuravam proteger o corpo inerte de Francisco Borges
Pedro Maria Gomes, cabo dos Amadores de Lisboa, procurando imobilizar
e proteger do toiro o corpo do companheiro ferido. Quando acontecem tragédias
destas, não há jaquetas nem grupos, apenas forcados, solidariedade e
companheirismo. Um bonito exemplo dado por um forcado também ele vítima,
há uns anos, de grave colhida que o deixou às portas da morte
Confusão e pânico na arena, angústia nas bancadas. O momento em que o forcado
era transportado, ainda inconsciente, para a enfermaria


O público que ontem preenchia quase três quartos das bancadas do Campo Pequeno e os milhões de telespectadores que assistiam em casa à 50ª Corrida TV viveram momentos de grande angústia e dramatismo com a violenta colhida sofrida por Francisco Borges, dos Amadores de Montemor (foto ao lado), o forcado mais premiado da última temporada, que é filho e sobrinho, respectivamente, de duas antigas glórias do grupo, Francisco e Agostinho Borges (este último, director de corridas).
O quinto toiro da noite, um magnífico exemplar da ganadaria Murteira Grave, lidado pelo cavaleiro Vitor Ribeiro, fazia adivinhar algumas dificuldades na intervenção dos forcados. A pega cabia ao Grupo de Montemor, que ontem repartia cartel com o de Lisboa (como há 51 anos, na primeira edição da Corrida da RTP) e para a cara foi o valente Francisco Borges, que brindou aos antigos cabos do seu grupo António José Zuzarte e João Cortes e também aos antigos forcados do grupo que intervieram na 1ª Corrida TV e se encontravam ontem nas bancadas.
O cite foi vistoso e bonito, como é timbre deste valoroso forcado, mas o toiro tardou a investir. Fechado em tábuas, junto ao Sector 1, obrigou Borges a entrar-lhes nos terrenos e só aí arrancou, "pronto a comer" o forcado. Francisco Borges pouco espaço tinha para recuar, fê-lo em terrenos "de aperto" e quando se fechou sofreu um violentíssimo derrote, fazendo praticamente o pino sobre o dorso do animal. Caíu inanimado na arena e receou-se desde logo o pior. Na lembrança de todos, está ainda a dramática colhida que atirou o valente Nuno Carvalho "Mata" (que ontem, por coincidência, estava a comentar a corrida para a RTP juntamente com o Dr. Vasco Lucas e José Cáceres) para uma cadeira de rodas e que ocorreu precisamente na Corrida TV de há dois anos, em 30 de Agosto de 2012.
Viveram-se momentos de pânico, angústia e dramatismo na praça, um outro forcado sofreu também uma aparatosa colhida, sem consequências e Pedro Maria Gomes, cabo dos Amadores de Lisboa, foi um dos primeiros a chegar junto de Borges, amparando-lhe a cabeça. Transportado para a enfermaria, Francisco Borges foi de imediato assistido pela equipa médica do Campo Pequeno, que despistou qualquer lesão de maior gravidade. Já na enfermaria, Borges recuperou os sentidos, falou e mexeu todos os membros. Seguiu de ambulância para o Hospital de Santa Maria, onde esteve toda a noite em observação e onde, como anteriormente noticiámos, não lhe foi diagnosticada qualquer lesão de maior gravidade, encontrando-se já em casa de familiares em Lisboa, onde deverá permanecer alguns dias em repouso.
O toiro foi depois pegado com decisão e enorme valentia por outro dos bons forcados montemorenses, Frederico Caldeira, ao segundo intento e com ajudas em força de todos os elementos, depois de na primeira tentativa ter sofrido também um violentíssimo derrote, muito idêntico ao de Francisco Borges - que lhe vamos mostrar a seguir. Não perca, já a seguir, todas as fotos das seis pegas de ontem à noite no Campo Pequeno.

Fotos M. Alvarenga

Riachos, 26 de Julho: apresentação do novo matador Paco Velásquez

Campo Pequeno, ontem: se os toiros fossem sempre Graves...

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A actuação do Maestro António Telles ao quarto toiro da noite foi um compêndio
de bem lidar e bem tourear. Devia passar a servir de lição para os mais novos
Dois momentos da fantástica presença de Vitor Ribeiro ontem no Campo Pequeno.
A reafirmar que vai uma vez marcar a temporada
Dois momentos importantes que confirmam o querer, a decisão e a ambição de um
Toureiro com letra maiúscula e que já é um caso: um ferro imponente de João Maria
Branco a sesgo no seu primeiro toiro e o momento em que o esperava, como os
valentes, à porta dos curros


Miguel Alvarenga - Dizia o velho e saudoso "Solilóquio", João Cristóvão Moreira de seu nome, Comandante da Marinha e companheiro de meu Pai, mas sobretudo um dos homens que melhor escreveu de toiros, que as Corridas TV são para se verem em casa, pacatamente, no sofá, até porque na praça não há repetição das cenas ao ralenti e no pequeno écrã se detectam muito melhor as falhas que ao vivo até parecem sucessos, mas adiante. Ontem não cumpri essa tradição de muitos anos de assistir em casa à Corrida da RTP, até porque era o cinquentenário de uma histórica organização que nos primeiros tempos esteve a cargo, como não podia deixar de ser, desse homem único, empreendedor empresário e que tinha disto uma visão que poucos voltaram a ter, chamava-se Manuel dos Santos e teve a seu lado, no lançamento das corridas televisionadas, outro homem de que felizmente ninguém se esqueceu mais, o jornalista João Moreira de Almeida, cujo nome é dado ao prémio que todos os anos enaltece a melhor pega da corrida e desta vez recaíu, e muito bem, na pega enorme do grande João Romão Tavares, a terceira, dos Amadores de Montemor.

Fazer a crónica, ou a reportagem, ou o que lhe queiram chamar, da Corrida TV, é uma coisa que, a meu ver, quase não faz sentido. A praça do Campo Pequeno estava bem emoldurada, quase três quartos das bancadas bem preenchidos e o espectáculo foi visto em casa por milhões de telespectadores, aficionados ou não, a favor ou contra as touradas, tanto faz. O que não faz grande sentido é vir aqui contar o que todos viram. Mesmo assim e se tiveram paciência para me ler, deixarei apenas alguns comentários a propósito de coisas que me parece importante destacar.

Não venho aqui contar, repito, porque todos viram, se o António Telles cravou ao estribo ou em sorte de "violino" (artimanha pouco clássica e a que o Mestre não costuma recorrer, precisamente porque é Mestre e os Mestres toureiam, não cravam"violinos"), se o Vitor Ribeiro toureou assim ou assado, ou se o João Maria Branco estava bem ou mal penteado. O que ontem aconteceu no Campo Pequeno já todos conhecem - porque todos viram.

Venho apenas lembrar que com toiros como os de ontem, se fossem sempre assim, já tinham ido para casa, para a reforma ou para onde quer que seja, muitos dos nossos cavaleiros e grande parte dos grupos de forcados. Os Graves de ontem não eram toiros para meninos, pediam toureiros e forcados de barba rija - e eles estiveram lá.

Não houve propriamente, para o prestigiado e tão sério ganadeiro, o êxito de corridas anteriores. Pelo menos em termos de populismo. Os toiros foram mais parados que os de outras corridas da mesma ganadaria, mas isso não significa mansidão ou pior qualidade dos animais, antes quer dizer que foram toiros mais sérios, mais duros, por outras palavras, mais toiros. Foram toiros de uma seriedade inquestionável, toiros daqueles que põem tudo no seu lugar - e com os quais só se aguenta quem pode. E ontem, puderam todos.

Foi importante para a Festa que os Graves saissem como sairam, a pedir contas, a não deixar ninguém pensar muito tempo, a dizer "estamos aqui e agora venha ter connosco quem puder". Esta é a emoção e a verdade que têm andado esquecidas e arredadas das nossas arenas há algum tempo - e que ontem esteve ali. Ontem no Campo Pequeno, houve suspiros de ansiedade, corações sobressaltados, viveu-se o dramatismo e a violência (porque de violência se trata) que outrora eram símbolos maiores de um espectáculo que se foi degradando e perdendo a sua verdade - sobretudo e é importante que se diga, e se escreva, com a criação dos "toiros de corda", dos toiros fáceis e bonzinhos, que foram aos poucos adulterando o que era a verdadeira essência da corrida de toiros.

Os Graves de ontem marcaram. A corrida foi uma corrida para aficionados. Talvez não tivesse sido uma corrida "para telespectadores", talvez os toiros não tenham proporcionado um espectáculo televisivo com o ritmo e a "arte" que muitos preferiam, mas foi uma grande (enorme!) corrida de toiros para quem gosta verdadeiramente de toiros, de toureiros e de forcados.

António Ribeiro Telles, que já estivera bem com o primeiro da noite, deu uma verdadeira lição de como se toureia no segundo, quarto da ordem. Era um toiro perigoso, reservado, que se arrancava "para comer tudo e todos", que esperava. António entendeu-o na perfeição, praticou um toureio emotivo de ataque, sem martingalas, com a verdade dos antigos. Esta sua deslumbrante actuação devia ser filmada (e foi) e guardada como relíquia para daqui para a frente ser exibida e apresentada aos novos que querem ser toureiros, para que aprendam como se deve lidar e tourear um toiro. Ganhou, porque tinha mesmo que ganhar, o prémio para a melhor lide. Foi enorme, não foi apenas a melhor.

Vitor Ribeiro teve duas actuações de muita entrega, expôs-se, lidou, bregou, toureou, empenhou-se no triunfo e conseguiu-o nas duas ocasiões. É um toureiro de luta e um toureiro de ganadarias duras. Foi importante a forma como ontem reafirmou tudo isso. Houve ferros de parar corações, detalhes de arte e técnica, provas de maturidade e da força de um toureiro que está num momento alto, muitíssimo bem montado, moralizado e decidido a deitar cartas. Merece tudo e muito mais, porque é um toureiro que vem lutando, às vezes contra ventos e marés, e que nunca desilude. Tem um lugar de destaque no panorama actual, foi um dos triunfadores da temporada passada e vai voltar a sê-lo, não tenho dúvidas, nesta.

João Maria Branco tem apenas um ano de alternativa e é óbvio e lógico que deixe transparecer algumas limitações quando em confronto com dois toureiros como estes de ontem, sobretudo tendo em conta que são já muito batidos na lide de toiros duros como os da ganadaria Murteira Grave. Mas esse facto, o facto de ter estado ali, na sua sexta corrida da temporada, na sua segunda época como cavaleiro profissional, numa corrida televisionada, com uma ganadaria de respeito, demonstra só por si uma clara declarações de intenções por parte de João Maria.

Vindo de um triunfo notável em Évora, talvez não tenha tido ontem os resultados, em temos de sucesso absoluto, que desejava. Mas a verdade é que não saíu por baixo, antes pelo contrário. João Maria Branco teve argumentos de sobra para mostrar o que vale - e vale muito. Pôs a carne no assador, demonstrou decisão, querer e, acima de tudo, ambição. É hoje uma certeza, um dado adquirido, que não vai ser "só mais um".

Na brega, nos detalhes, na forma como lidou os seus dois complicados Graves, na ousadia com que lhes foi à cara e na firmeza demonstrada com que cravou, com verdade e emoção, deixou patente que estamos perante um jovem toureiro que vai dar muito que falar. E que, repito, acautelem-se os que pensavam o contrário, não está aqui para ser "só mais um". João Maria Branco já é, por seus méritos, um caso. E está a marcar esta temporada.

Deixarei a análise aos forcados, os grandes heróis da noite de ontem em Lisboa, para já a seguir. Por absoluta justiça, não vou esquecer as actuações dos bandarilheiros - todos - que ontem estiveram em praça, também eles toureiros de eleição frente a toiros que não permitiram qualquer espécie de amadorismo. Os peões de brega que os enfrentaram são profissionais "de cima abaixo", independentemente dos anos de experiência que os separam em alguns casos. O meu olé para os veteranos Ernesto Manuel e João Ribeiro "Curro" e para os eficientes António Telles Bastos, Nuno Silva, João Mourão, Diogo Malafaia e Filipe Casqueiro.

A corrida iniciou-se com um minuto de silêncio em memória do bandariheiro Domingos Paixão, que fora a sepultar à tarde e houve brindes ao Dr. Alberto da Ponte, presidente da RTP e a Nuno "Mata", que ontem comentou a corrida ao lado de José Cáceres e do Dr. Vasco Lucas. Brindes da forcadagem a antigos elementos dos dois grupos que pegaram na 1ª Corrida TV. E um brinde especial e emotivo de Vitor Ribeiro ao seu antigo empresário António Manuel Barata Gomes e a Fernanda, sua Mulher. Pedro Reinhardt regressou à cadeira do "inteligente", depois da sobressaltada noite de Ventura, mas desta vez sem sobressaltos. Ainda bem.


Não perca, já a seguir: as pegas uma a uma, a análise ao sucesso dos forcados de Montemor e Lisboa, a fotoreportagem de Maria João Mil-Homens, a quem agradeço, reconhecido, a disponibilidade com que se prontificou a colaborar com o "Farpas", dada a ausência (em férias, nada de grave, está melhor e recomenda-se) do nosso querido Emílio.

Fotos M. Alvarenga


O "outro forcado" colhido é o irmão de Francisco Borges

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O "outro forcado" que ontem foi também violentamente colhido pelo quinto toiro da ganadaria Grave, na arena do Campo Pequeno, durante a Corrida TV e que há pouco aqui referimos, é, afinal, o irmão de Francisco Borges, mais novo, Pedro, também ele forcado dos Amadores de Montemor - acaba de nos esclarecer seu Pai, Francisco Borges (foto ao lado).
A colhida ocorreu quando Pedro Borges tentava desviar o toiro da presença de seu irmão, que permanecia inanimado na arena, depois da violenta colhida que sofreu - e de que temos mais uma impressionante sequência para mostrar, já a seguir, da autoria da repórter Maria João Mil-Homens.
Entretanto, Francisco Borges permanece em repouso, em sua casa em Lisboa - onde vive há já dois anos. Erradamente, dissemos anteriormente que estava em casa de familiares. Fica a rectificação.

Fotos M. Alvarenga


Campo Pequeno, ontem: a noite grande dos Forcados!

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A primeira grande pega de uma noite de glória para a forcadagem. Executada
à primeira tentativa por João Tavares, dos Amadores de Montemor
Pedro Gil (Amadores de Lisboa) na segunda pega da noite, com excelente
intervenção do primeiro-ajuda. Pega executada à primeira
Brilhante a terceira pega da noite, vencedora do troféu em disputa, por intermédio
do grande forcado João Romão Tavares (Montemor)
Um por todos, todos por um. A 4ª pega foi executada por Daniel Batalha (Lisboa)
 à segunda tentativa, depois de ter sido colhido na primeira (foto de cima)
O impressionante derrote sofrido por Frederico Caldeira, quando foi emendar
Francisco Borges. Acabou por fechar-se à segunda intervenção no 5º toiro da noite,
último dos Amadores de Montemor
O veterano Manuel Guerreiro (Lisboa), autor da 6ª pega, num momento de
concentração, antes de saltar à arena

Miguel Alvarenga - Para grandes toiros, grandes Forcados! E foi assim ontem à noite no Campo Pequeno, com as triunfais actuações dos Amadores de Montemor e dos Amadores de Lisboa, exactamente os mesmos grupos que há 51 anos executaram as pegas, também a toiros de Joaquim Grave, na primeira edição da Corrida da RTP.
Os dois grupos deram ontem uma lição enorme da nobre arte de pegar toiros - e por isso há que distinguir e louvar todos os elementos que estiveram em praça, sem excepção. Os Graves pediam, como disse anteriormente, forcados de barba rija. E eles, ontem, estavam lá. Dois grandes grupos.
Há que destacar a coesão de todos os forcados de ambos os grupos e a decisão - mais a força, o saber e a experiência - com que ajudaram os forcados da cara. Houve espírito de solidariedade e de união, um por todos, todos por um, mas houve, acima de tudo, a imagem de culto do bom forcado patente em todas as seis intervenções. Não houve vencidos, nem vencedores. Havia, como todos os anos há nesta corrida, um prémio em disputa para a melhor pega. Um júri, onde o elemento mais credenciado era, sem dúvida, o antigo cabo dos Amadores do Aposento da Moita, João Simões, júri de duvidosa cedibilidade e onde até estava a TiaCinha Jardim (apupada quando anunciaram o seu nome...) - há que ter um pouco mais de cuidado quando se forma um grupo de jurados numa corrida com esta importância... - decidiu entregar o prémio a João Romão Tavares, do grupo de Montemor. E o prémio da melhor lide (o júri era o mesmo) a António Telles. Por acaso, não houve contestação e os troféus foram bem atribuídos, mas podia ter havido bronca...
Vamos às pegas!
Foram pegas duras, rijas, de uma enorme emoção, algumas quase "impossíveis", a reafirmar a grandeza destes dois grupos e o fantástico momento dos seus elementos, bem como a eficiência e o saber das respectivas chefias, a cargo dois jovens filhos de antigos cabos, António Vacas de Carvalho e Pedro Maria Gomes.
Por Montemor, pegaram João Tavares (enorme, à primeira), João Romão Tavares (na pega premiada, com a decisão e a técnica a que nos habituou) e Frederico Caldeira, valentão até dizer chega, a emendar, à segunda, o lesionado Francisco Borges, violentamente colhido. Caldeira sofreu um derrote brutal na primeira entrada, idêntico ao que deixara Borges inanimado na arena. Na segunda tentativa, com as ajudas carregadas, mas mesmo assim a aguentar barbaridades, esteve muito bem. Recusou dar a volta com o cavaleiro Vitor Ribeiro, num gesto de dignidade - mas merecia dá-la.
Por Lisboa, foram caras Pedro Gil (numa grande pega à primeira), Daniel Batalha (ao segundo intento, depois de ter sido derrotado com violência, fechando-se muito bem e com excelentes ajudas na segunda intervenção) e o veterano Manuel Guerreiro, numa pega fora do normal, magistral, que também merecia o prémio, havendo a destacar a grande ajuda de João Pedro Mota Ferreira, que muito justamente foi depois chamado à praça e aclamado.
Noite de glória para a forcadagem!

Já a seguir: não perca as fotos de todas as pegas, uma a uma, numa notável fotoreportagem de Maria João Mil-Homens!

Fotos M. Alvarenga


Fotoreportagem de Maria João Mil-Homens: as 6 pegas de ontem no Campo Pequeno

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Os Amadores de Montemor, sob a chefia de António Vacas de Carvalho
O Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, chefiado por Pedro Maria Gomes

1ª pega (Amadores de Montemor)
Enorme a primeira pega da noite, de João Tavares, um forcado de se lhe tirar
o chapéu!

2ª pega (Amadores de Lisboa)
A segunda pega da noite foi executada à primeira, com galhardia e técnica, por
Pedro Gil, com boa intervenção do primeiro-ajuda

3ª pega (Amadores de Montemor)
João Romão Tavares, brioso forcado de Montemor, pegou ao primeiro intento
e com magistral par de braços, o terceiro toiro da noite, ganhando o troféu
"João Moreira de Almeida" que distinguiu a melhor pega. Brindou à memória
do seu saudoso cabo José Maria Cortes

4ª pega (Amadores de Lisboa)
A quarta pega foi executada ao segundo intento pelo valente Daniel Batalha

5ª pega (Amadores de Montemor)
Mais uma sequência da violenta colhida de Francisco Borges quando ontem
tentava pegar o quinto Grave da Corrida TV
O impressionante e violento derrote com que o Grave"deitou fora"Frederico
Caldeira
, na sua primeira intervenção a dobrar o lesionado Francisco Borges
Frederico Caldeira acabou por pegar, com louvável galhardia e com as ajudas
carregadas, mas mesmo assim aguentando barbaridades. Um forcadão! Merecia
a volta à arena, mas por dignidade e solidariedade (actuara a dobrar um
companheiro) não a quis dar

6ª pega (Amadores de Lisboa)
Espectacular,"impossível", o pegão do veterano Manuel Guerreiro ao último
toiro da noite, com extraordinária ajuda de João Pedro Mota Ferreira, depois
chamado também à praça

Fotos Maria João Mil-Homens

Fim-de-semana: Vila Franca em festa! Toiros no Colete Encarnado!

Ontem, 6ª feira: 12.145 leram o "Farpas"

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Fotoreportagem de Maria João Mil-Homens: Momentos de Glória na Corrida TV (Campo Pequeno)

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António Ribeiro Telles: o Mestre da Torrinha foi no Campo Pequeno um compêndio
da arte de bem tourear a cavalo. Está num momento incrível e deu uma enorme
lição do que é tourear e lidar um toiro. Mais valor teve a sua actuação se lembrarmos
que teve por diante toiros de verdade
Depois de ter estado um ano ausente das nossas arenas (no México) e de na
última temporada ter voltado e ter sido um dos grande triunfadores do ano,
Vitor Ribeiro "disse" na Corrida TV que podemos de novo contar com ele - e em
força. Vai voltar a marcar o ano taurino. Está um toureiro maduro, decidido e
moralizado, bem montado - e agora promete fazer História!
No seu segundo ano de alternativa, João Maria Branco deixou no Campo Pequeno
bem patente uma clara declaração de intenção: frente a Graves, como os maiores.
o jovem toureiro de Estremoz demonstrou, se dúvidas houvesse, que vai ser alguém
no difícil mundo dos toiros. Não anda aqui para ser "só mais um". Não senhor!

Fotos Maria João Mil-Homens

Corrida TV: Famosos no Campo Pequeno na 5ª feira

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Os consagrados Vitor Ribeiro e António Ribeiro Telles e a nova estrela João Maria
Branco formaram o elenco de luxo da 50ª Corrida TV, 5ª feira em Lisboa
Os heróis da noite: Pedro Maria Gomes e António Vacas de Carvalho, os cabos
dos grupos de Lisboa e Montemor; e os cavaleiros Vitor Ribeiro, António Telles
e João Maria Branco
Ana e Miguel Alvarenga
João Tavares (Montemor), autor da primeira pega da noite
Pedro Reinhardt, o director de corrida
José Henriques, o cornetim-maravilha! 
Glória da forcadagem: João Cortes, antigo cabo dos Amadores de Montemor
e pai do saudoso José Maria Cortes
O ganadeiro Dr. Joaquim Grave com João M. Santos, seu braço-direito
Ernesto Manuel, João Ribeiro "Curro" e Diogo Malafaia
Nem sempre lembrados: a nossa homenagem aos
Campinos. Eles também são Famosos!
O cavaleiro Rui Fernandes e sua Mulher, Guadalupe (Pi) Caldeira
Vitor Ribeiro e Pedro Gil (Amadores de Lisboa)
António Ribeiro Telles venceu muito justamente o troféu "Casa do Pessoal da RTP",
anualmente outorgado ao autor da melhor lide
João Romão Tavares (Amadores de Montemor), vencedor
do troféu "João Moreira de Almeida", com o cabo António
Vacas de Carvalho
Grande ambiente e oferta de flores às senhoras, à entrada da praça
Brinde dos Amadores de Lisboa aos antigos forcados do grupo que há 51 anos
estiveram no Campo Pequeno na primeira edição da Corrida TV
O Grupo de Montemor brindando a Miguel Soares e Francisco Romeiras, autores
da fotobiografia do saudoso cabo José Maria Cortes, lançada à tarde 
Manuel Guerreiro: brinde dos Forcados de Lisboa aos companheiros de Montemor
e à memória do saudoso cabo José Maria Cortes
Brinde de João Maria Branco, no terceiro toiro da noite, ao forcado Nuno "Mata",
que estava a comentar a corrida para a RTP
O primeiro-ajuda João Pedro Mota Soares (à esquerda, na foto) chamado à praça
no último toiro para agradecer os aplausos do público juntamente com o cavaleiro
João Maria Branco e o forcado da cara, Manuel Guerreiro (Amadores de Lisboa)
Como na 1ª Corrida TV, há 51 anos, os Amadores de Montemor e de Lisboa no
momento em que entravam em praça
No início do espectáculo guardou-se um minuto de silêncio em memória
do bandarilheiro Domingos Paixão, que nessa tarde fora a sepultar
Pedro Reinhardt regressou à cadeira do "inteligente" (director de corrida) depois
da noite atribulada de Ventura... desta vez sem problemas...
Sentido, toca o Hino! Os toureiros e, à direita, Alberto da Ponte, presidente da RTP
e Luis Castro, presidente da Casa do Pessoal
Foto de grupo: os Amadores de Lisboa com antigos elementos, alguns dos quais
pegaram há 51 anos na 1ª Corrida TV
Ternura: Ana e Guilherme de Alvarenga
Miguel e Ana de Alvarenga
Ana de Alvarenga com Albino Fernandes, seu filho e o bandarilheiro Nuno Silva
João Simões e sua Mulher, Hélia Costa. Antigo cabo do grupo do Aposento
da Moita foi o elemento mais credível do estranho júri que elegeu a melhor
lide e a melhor pega
Joaquim Grave momentos antes do início da corrida: as dores de cabeça
de um ganadeiro responsável
João Santana Lopes (à direita) com um casal amigo
João Cortes e António José Zuzarte (à direita, no burladero): antigos cabos dos
Amadores de Montemor estiveram ao lado da rapaziada jovem
Duarte Chaparreiro no seu mundo, a valente forcadagem
Ernesto Manuel, um bandarilheiro veterano que este ano se despede das arenas
António Ribeiro Telles Bastos a postos...
António Vacas de Carvalho e João Braha trocam impressões sob o olhar atento
do antigo cabo do Grupo de Montemor, João Cortes
Os directores de corrida Lourenço Luzio e Agostinho Borges
Repórteres de armas na mão!
O ex-secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle e sua Mulher, com
Cristina Lourenço de Castro e a eurodeputada Maria João Ávila
Dr. João Vale de Andrade e sua Mulher, Graça, com Ana de Alvarenga
Muito público nas bancadas do Campo Pequeno
Emotivo e significativo brinde de Vitor Ribeiro, no quinto toiro, a António Manuel
Barata Gomes e sua Mulher, Fernanda
Frederico Caldeira abraçando Vitor Ribeiro depois de se recusar a acompanhá-lo
na volta à arena, após dobrar Francisco Borges na pega do quinto toiro
Nuno Carvalho "Mata", o valente forcado do Aposento da Moita que ficou
tetraplégico depois da colhida que sofreu na Corrida TV de 2012 no Campo Pequeno
- e que é um exemplo de vida para todos nós! - esteve na 5ª feira ao lado de Vasco
Lucas e José Cáceres a comentar a corrida. Ontem, escreveu na sua página da rede
social "Facebook": "Foi um prazer ser comentador na corrida da RTP no Campo
Pequeno, adorei a experiência, espero ter estado à altura das expectativas, obrigado
pelo convite, adorei fazer parte de uma grande equipa de profissionais! Um obrigado
especial ao Luis Castro (RTP) e ao Rui Bento Vasquez (Campo Pequeno). Um grande
abraço para todos os que me apoiam! Obrigado"
Finda a corrida, o momento em que os amigos sacavam Nuno "Mata" da varanda
(por cima dos curros) onde estivera a comentar a corrida
E na próxima 5ª feira lá estaremos de novo no Campo Pequeno!

Fotos Maria João Mil-Homens, M. Alvarenga e Guilherme Alvarenga

Ainda a colhida de F. Borges: a dramática sequência, todas as fotos

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Pelo interesse jornalístico que as mesmas documentam, publicamos a dramática sequência, completa, da violenta colhida de Francisco Borges, dos Amadores de Montemor, o forcado mais premiado da temporada passada, quando tentava pegar o quinto toiro da ganadaria Murteira Grave, anteontem no Campo Pequeno na 50ª Corrida TV.
As fotos documentam o trágico momento vivido na arena e na praça do Campo Pequeno - que felizmente não teve as consequências que muitos temiam, o forcado já se encontra em sua casa em Lisboa e não sofreu nenhuma lesão grave - e confirmam o talento de uma jovem repórter, Maria João Mil-Homens, autora da reportagem, na foto ao lado com o Mestre Emílio, nosso querido companheiro de trabalho e que na quinta-feira não esteve em Lisboa, por se encontrar a gozar umas merecidas férias no reino dos Algarves (regressa amanhã a Vila Franca, à corrida do Colete Encarnado).
Facto curioso e digno de menção e destaque: o forcado que se vê na maioria das fotos a tentar socorrer Francisco Borges (que caíu inanimado na arena depois do "esticão" que levou com a violentíssima voltareta que sofreu) é Pedro Borges, seu irmão mais velho e também elemento do grupo de Montemor. Também ele viria a ser colhido, mas graças a Deus sem gravidade, quando tentava desviar as atenções do toiro, que ainda "carregou"sobre o irmão inanimado na arena.

Fotos Maria João Mil-Homens


Os ausentes no adeus a Paixão: um grito de revolta

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O momento em que a Mulher se despedia de Domingos Paixão, 5ª feira, no cemitério
de Benfica. Nas fotos de baixo, antigos companheiros transportando o caixão
à saída da Basílica da Estrela, vendo-se entre outros, António Carvalho, Francisco
Caeiro, Américo Manadas e António Barrocal e, à direita, a campa do antigo toureiro



"Apesar de Domingos Paixão pertencer a um orgão da direcção do Fundo de Assistência dos Toureiros (Conselho Fiscal), Sindicato ou Associação de Toureiros, chamem-lhe o que quiserem, nenhum elemento ou funcionário se dignou acompanhá-lo à sua última residência terrena. Gente que se esqueceu que foi com os seus descontos que hoje recebem os seus ordenados e subsídios. Que vergonha, que tristeza!" - duras e sentidas palavras do empresário João Duarte, sobre a ausência de muitos que deveriam ter estado anteontem no último adeus ao antigo bandarilheiro, que morreu na quarta-feira no Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, aos 70 anos, depois de uma terceira operação a um tumor na cabeça.
"Para levar a bandeira do Sindicato dos Toureiros, foi um antigo colega e amigo, Manuel Jacinto, que teve de se deslocar à Praça da Alegria (sede do Sindicato). A Associação (Confederação) Prótoiro, que se diz defensora dos toureiros... nem água vai, nem água vem... deviam ter coisas mais importantes... deviam estar a estudar se Rouxinol filho pode tirar a prova de praticante! Onde anda a tão apregoada solidariedade entre as gentes dos toiros? E é assim que o nosso mundito taurino está. Não se esforcem os anti-taurinos, porque o mundo taurino está podre e vai cair por si", diz ainda o empresário e apoderado neste seu grito de revolta, depois da morte de Domingos Paixão e do esquecimento a que voi votado por quem o deveria ter lembrado. Sem comentários... são precisos?

Fotos Ricardo Relvas

"Caso Cortes": sentença no dia 15

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A sentença de Sandro Pato, de 20 anos, acusado pelo Ministério Público do homicídio de José Maria Cortes (na foto), saudoso cabo dos Forcados Amadores de Montemor, será ditada no Tribunal de Alcácer do Sal no próximo dia 15. A procuradora do Ministério Público pediu, como noticiámos, uma pena de prisão nunca inferior a 14 anos, justificando o pedido com os "depoimentos credíveis" das testemunhas e sobretudo com "a frieza, desprezo e ausência de arrependimento" do arguido. A defesa pediu a absolvição, alegando que"corremos o risco de condenar um inocente". O antigo forcado foi atingido com duas facadas, uma no coração, durante um rixa no recinto da feira de Alcácer na madrugada de 23 de Junho do ano passado e faleceu quatro dias depois no Hospital de Santa Maria em Lisboa. José Maria Cortes, cuja fotobiografia foi anteontem lançada na praça do Campo Pequeno, tinha 29 anos e era casado há um.

Foto D.R.

5ª feira: mais uma grande corrida no Campo Pequeno

Vamos apoiar o toureio a pé: corrida mista amanhã em Vila Franca!

Filipe Ferreira a caminho da alternativa

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Depois de ter participado com êxito na corrida de gala à antiga portuguesa realizada no Cartaxo, o cavaleiro praticante Filipe Ferreira triunfou na quarta-feira passada em Albufeira, onde enfrentou toiros da ganadaria de Fernando dos Santos (na foto, com o cavalo "Vila Franca").
Filipe Ferreira toureia a 2 de Agosto em Nisa com o Maestro Moura e Miguel Moura frente a toiros de Rio Frio e recebe a alternativa em Setembro nas Caldas da Rainha.

Foto Estevão Nunes/@Filipe Ferreira

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