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Os toiros de Murteira Grave para esta noite no Campo Pequeno

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"Manizales" (Jan. 2014), nº 46 - 495 quilos
"Toscano" (Set. 2014), nº59 - 560 quilos
"Carabelo" (Jan. 2015), nº 61 - 554 quilos
"Romero" (Agosto 2014), nº 73 - 555 quilos
"Cartujo" (Set. 2014), nº 77 - 528 quilos
"Presumido" (Set. 2014), nº 107 - 502 quilos
"Otoñado" (Jan. 2015), nº 81 - 568 quilos
"Yerba Mate" (Jan. 2015), nº 96 - 497 quilos


Nas fotos de cima, os oito toiros da histórica ganadaria Murteira Grave para a nocturna de hoje no Campo Pequeno, sétima corrida do Abono, em que se comemoram os 75 anos da sua fundação.
Os toiros já foram devidamente aprovados e pesados e dentro de uma hora vai efectuar-se o sorteio de onde sairão os seis para ser lidados logo à noite, a partir das 21h45, pelos cavaleiros João Ribeiro Telles, Francisco Palha e Luis Rouxinol Júnior e pegados pelos forcados dos consagrados grupos de Santarém e de Coruche, capitaneados respectivamente por João Grave e José Macedo Tomás.
A corrida desta noite, como aqui referimos esta manhã, vai ser dirigida por Tiago Tavares, assessorado pelo médico veterinário Jorge Moreira da Silva.
Às 18h30, no átrio da entrada principal (porta grande) da praça de toiros, a empresa vai dar uma conferência de imprensa onde anunciará a Corrida TVI do próximo dia 8 de Agosto e revelará as primeiras directrizes para os cartéis da segunda metade da temporada.

Fotos Frederico Henriques/@Campo Pequeno


Fim-de-semana alucinante

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E depois da nocturna de hoje no Campo Pequeno, vem aí um fim-de-semana verdadeiramente alucinante com grandes corridas nas praças de Salvaterra de Magos amanhã; e no sábado nas Caldas da Rainha, na Figueira da Foz, na Foz do Sizandro e em Alcáçovas.
Já amanhã em Salvaterra, às 22h00, tem lugar a XVI Tourada Real com um cartel fora de série composto pelos cavaleiros Ana Batista, Diego Ventura e Francisco Palha (que regressa à arena onde em Maio sofreu aparatosa colhida) e os forcados de Vila Franca e de Alcochete, com toiros de Alves Inácio.
No sábado, às 22h00, nas Caldas da Rainha realiza-se uma corrida única com seis toiros jaboneros da ganadaria Canas Vigouroux e onde se vai homenagear Rui Salvador pelos seus 35 anos de alternativa. O veterano cavaleiro de Tomaré o cabeça de cartaz de um elenco formado ainda por Luis Rouxinol, Manuel Ribeiro Telles Bastos, Luis Rouxinol Jr.António Prates e um substituto de Marcos Bastinhas (que esta tarde anunciou não estar ainda recuperado da colhida que sofreu no último sábado em Évora), estando as pegas a cargo dos forcados do Aposento da Moita e das Caldas da Rainha.
Também no sábado e também às 22h00, abre a temporada na Figueira da Foz com ums grandiosa corrida de homenagem a Rosa Amélia, figura de referência da aficion local. Frente a toiros da ganadaria Santos Silva, actuam os cavaleiros João Moura, António Ribeiro Telles, Sónia Matias, Marcelo Mendes, Miguel Moura, o praticante Joaquim Brito Paes e o amador António R. Telles filho. Pegas a cargo dos forcados de Cascais, do Redondo e do Ramo Grande (Ilha Terceira).
Também no sábado e igualmente às 22h00, realiza-se a tradicional corrida da Foz do Sizandro (Torres Vedras), em 14ª edição, com os cavaleiros Ana Batista, Andrés Romero e David Gomes e os forcados da Moita, de Tomar e do Ribatejo. Lidam-se seis toiros da ganadaria Passanha.
Ainda no sábado e também às 22h00, em Alcáçovas (Viana do Alentejo), por ocasião da Feira do Chocalho, realiza-se outra corrida com os cavaleiros João Moura Caetano, António Brito Paes e o praticante Francisco Núncio. Pegam os forcados de Lisboa e São Manços e lidam-se três toiros de Passanha e três de Charrua.




Ontem, 5ª feira: 11.589 leram o "Farpas"!

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Cartel de alto calibre a 1 de Setembro em Montemor

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O cartaz oficial da tradicional corrida de Setembro - no domingo, dia 1, às 18h00 - em Montemor-o-Novo, que este ano assinala também o 80º aniversário do glorioso Grupo de Forcados Amadores de Montemor - que como manda a tradição se encerra em solitário com os seis toiros da ganadaria São Torcato, que este ano ficou célebre pela noite de tragédia em Coruche.
O cartel é de alto nível (como sempre!) e está composto pelos "guerreiros"João Ribeiro Telles, Francisco Palha e António Prates.


Corrida TVI a 8 de Agosto: a próxima noite grande do Campo Pequeno

Este noite: todos os caminhos vão dar a Salvaterra!

Gilberto Filipe substitui Bastinhas amanhã nas Caldas

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Gilberto Filipe (foto) é o cavaleiro que substitui Marcos Bastinhas (ainda não recuperado da colhida da semana passada em Évora) na corrida de amanhã, sábado, nas Caldas da Rainha - uma noite aguardada com justificada expectativa por se lidarem seis toiros jaboneros ("brancos") da ganadaria Canas Vigouroux, coisa que acontece pela primeira vez neste século.
O cartel fica assim composto em definitivo por Rui Salvador (que se homenageia pelos seus 35 anos de alternativa), Luis Rouxinol, Gilberto Filipe, Manuel Telles Bastos, Luis Rouxinol Jr. e António Prates e pelos forcados amadores do Aposento da Moita e das Caldas da Rainha.

Foto Emílio de Jesus/Arquivo

Rui Bento polémico denuncia "truques, pressões, habilidades e jogadas" e afirma "estar cansado"

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"Está na hora", parece querer dizer Paulo Pereira, que deu início à mais agitada
conferência de imprensa dos últimos tempos no Campo Pequeno
Na mesa, com a dupla gestora do Campo Pequeno, estiveram o ganadero
Francisco Calejo Pires e José Carlos Amorim, apoderado do cavaleiro Rui
Salvador
"Calma, Rui, calma!". Paula Resende interferiu por diversas vezes para acalmar
os ânimos de Rui Bento. Mas o antigo matador disse esta manhã ao "Farpas"
que "às vezes é preciso dar um abanão nisto tudo e eu não conseguia ficar
calado depois de tantas habilidades e de tantos truques que foram feitos nas
últimas semanas para tentar minar a nossa relação..."
Rui Bento deu ontem um fortíssimo abanão nas hostes. Exaltado, o director de
Actividades Tauromáquicas do Campo Pequeno denunciou a existência de
"truques, pressões, habilidades e jogadas" para tentar "fracturar" a sólida
relação profissional e de amizade que mantém com a administradora Paula
Resende. "Estou farto e estou cansado disso", proclamou


A conferência de imprensa que a empresa do Campo Pequeno deu ontem ao final da tarde para anunciar alguns dos cartéis da segunda parte da temporada ficou marcada por momentos de exaltação por parte de Rui Bento, director de Actividades Tauromáquicas, que acusou a existência de "truques, habilidades e jogadas" levados a cabo "por quem quiser enfiar a carapuça", sem personalizar, situações que se terão verificado nas últimas semanas, com "muitas pressões à mistura", tudo a propósito da formação dos próximos elencos.
Nomeou, por exemplo, "declarações de cabos de grupos de forcados" que considerou "despropositadas", àcerca da ausência de alguns grupos na primeira parte da temporada, afirmando que "damos dez espectáculos e existem quarenta grupos de forcados, é óbvio que não se podem contemplar todos com vindas ao Campo Pequeno".
"Estou cansado e estou farto de todas estas jogadas de bastidores, de todas estas pressões e habilidades, de toos estes truques", frisou Rui Bento, sublinhando que, "tal como sempre fiz com a anterior administração, o meu lugar está sempre à disposição e eu sairei do Campo Pequeno quando a actual administração o entender".
"Mas uma coisa é certa e que isso fique bem claro: podem tentar por todos os meios, e uma vez mais tentaram, podem fazer todas as jogadas e todas as habilidades, mas não vão conseguir nunca fracturar a minha relação de amizade e de respeito com a Drª Paula Resende. Ficámos amigos para a vida", acentuou.
Rui Bento não quis personalizar a situação, nem tão pouco nomeou os presumíveis autores das "jogadas e habilidades"que referiu, mas o"Farpas" sabe que o antigo matador de toiros tinha ontem os seus alvos bem definidos e bem na mira: referia-se a personalidades do meio taurino que nas últimas semanas terão exercido "todo o tipo de pressões" junto da administradora do Campo Pequeno com o objectivo de "formar"alguns dos cartéis da segunda metade da época.
Rui Bento disse apenas que "enfie a carapuça quem quiser", mas "estou cansado e estou farto de tanta habilidade...".
Foi, nesse aspecto, uma conferência de imprensa agitada e bem ao modo das muitas que tem dado Simón Casas, empresário da praça de Madrid, que não tem papas na língua e sempre costuma "chamar os bois pelos nomes".
Já esta manhã, Rui Bento disse ao "Farpas" que "às vezes é preciso dar um abanão nisto tudo e eu não podia ficar calado perante situações que se passaram na última semana e que, como ontem referi, foram jogadas, truques, pressões e habilidades com que tentaram minar a minha relação com a Drª Paula Resende".
Àparte toda esta exaltação que dominou a conferência de imprensa de ontem, há que referir que na mesa estiveram, juntamente com a Drª Paula Resende e Rui Bento, o jovem ganadero Francisco Calejo Pires (cuja ganadaria se apresenta em Lisboa a 23 de Agosto numa corrida de três matadores nacionais) e José Carlos Amorim, apoderado do cavaleiro Rui Salvador, que na próxima corrida do Campo Pequeno, a 8 de Agosto (Corrida TVI) vem comemorar os seus 35 anos de alternativa.
Foi apresentada esta corrida, cujo cartel já era do conhecimento público - João Moura, Rui Salvador e Luis Rouxinol, forcados de Tomar, São Manços e Caldas da Rainha e toiros Veiga Teixeira -, bem como as corridas de 23 de Agosto (sexta-feira) e 5 de Setembro, tendo ficado apenas em aberto os elencos de 27 de Setembro (corrida comemorativa dos 75 anos dos Forcados de Lisboa) e de 10 de Outubro (gala à antiga portuguesa de encerramento da temporada).
A maior e mais aplaudida novidade foi o facto de a corrida de 23 de Agosto, em que se estreia em Lisboa a ganadaria Calejo Pires, ser de três matadores portugueses: António João Ferreira, Manuel Dias Gomes e João Silva "Juanito", o nosso novo matador, que se estreia na capital depois da recente alternativa em Badajoz.
Rui Bento referiu que a corrida esteve para ser mista, adiantou que "alguns cavaleiros se recusaram a participar" e que por isso acabaram por optar por este "cartel ousado"só com três matadores nacionais. A assistência, sobretudo os abonados, explodiu numa grande ovação à empresa. Assim correspondam também os aficionados e se exalte nessa noite o nosso toureio a pé. Cartel de grande interesse e justificada oportunidade.
Quanto à corrida de 5 de Setembro, em que se apresenta no Campo Pequeno o rejoneador Guillermo Hermoso de Mendoza e regressa pela segunda vez esta época seu pai, Pablo Hermoso de Mendoza, ficou definitivamente esclarecido, como aliás o "Farpas" já adiantara há mais de um mês, que o cabeça de cartaz será o MaestroAntónio Ribeiro Telles. E os toiros serão da triunfadora ganadaria Passanha, estando nessa noite as pegas a cargo dos Amadores de Alcochete e dos Amadores do Aposento da Moita.
Este cartel terá sido aquele que mais polémica rodeou e que maiores "pressões" motivou nas últimas semanas. Pelo terceiro cavaleiro que se juntaria aos Hermoso de Mendoza, mas também pelos grupos de forcados que pegariam nessa noite.
"Os grupos de Alcochete e do Aposento da Moita são dois grupos consagrados e que voltam a Lisboa pelos seus méritos próprios e por inteira justiça; e o facto de não terem estado anunciados na primeira parte da temporada, facto que parece ter causado tanta celeuma, não quereria nunca dizer que não viessem. Quanto ao cavaleiro e pese embora as muitas pressões que foram feitas para que viessem outros, desde a primeira hora que estava equacionada a presença de António Telles. Por isso, não valeu a pena tanta habilidade e tanta jogada...", disse-nos Rui Bento esta manhã.
E depois disto, Rui Bento irá amanhã às Caldas acompanhar dois dos cavaleiros que apodera, Luis Rouxinol e Luis Rouxinol Jr. e segue depois para o Algarve, com a família, onde gozará um merecido descanso até ao dia 2 de Agosto, data em que João Moura Jr. reaparece no Redondo.

Fotos M. Alvarenga


Diogo Peseiro submetido a intensos tratamentos após colhida na trágica noite de Coruche

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O novilheiro Diogo Peseiro tem sido submetido a intensos tratamentos na sequência de uma rotura dos músculos adutores da perna direita, em consequência da colhida que sofreu na tristemente célebre noite trágica de 6 de Julho em Coruche e vai reaparecer em breve em Espanha. O seu apoderado Maurício do Vale emitiu este comunicado dando conta da evolução do estado do toureiro.

1- Na passada corrida de dia 6 do corrente, em Coruche, o novilheiro Diogo Peseiro foi colhido pelo bravo toiro da ganadaria de S. Torcato, lidado em quarto lugar, como testemunha a foto;
2- Aguentando as dores, o jovem toureiro continuou a lide até final, em grande ambiente e dando volta no final com chamada aos médios;
3- Deslocou-se à enfermaria da praça, onde foi observado pelo Dr. Peças, que lhe recomendou alguns dias de repouso com gelo e possível ecografia; o joelho foi protegido com gelo e ligadura, assim saindo em dificuldades atravessando a arena no final da dura corrida;
4- Foi, entretanto, assistido pelo Dr. Carlos Ferreira, cirurgião do Fundo de Assistência dos Toureiros, que, mediante ecografia, confirmou uma rotura dos músculos adutores da perna direita, a nível do joelho, tendo entregue o novilheiro aos cuidados do fisioterapeuta Nuno Pombeiro, onde tem sido submetido a intensos tratamentos;
5- Cabe fazer este comunicado no presente, agradecendo os cuidados médicos que têm sido prestados ao toureiro, em zona especialmente dolorosa e exigente, em especial, para quem tem nas bandarilhas uma especialidade do seu repertório.
6- Prevê-se que Diogo Peseiro possa ter alta dentro de mais oito ou dez dias, a fim de reaparecer em Espanha brevemente.

Maurício do Vale
(co-apoderado com Tomás Campuzano)

Foto Carolina Duarte


Forcados de Santarém regressam a Évora a 28 de Setembro

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Os grupos de forcados Amadores de Santarém e Amadores de Évora voltam a pegar juntos na praça de Évora na próxima corrida que será no sábado 28 de Setembro, depois de duas noites empolgantes de lotação esgotada (São Pedro e no último sábado).
Serão lidados seis toiros de "uma ganadaria dura", adianta a empresa Arena Eborense e o cartel (a cavalo) pode ser luso-espanhol uma vez mais. Novidades em breve.

Foto Emílio de Jesus/Arquivo


Campo Pequeno: mandaram os Graves, impôs-se Rouxinol e o resto não teve história...

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Luis Rouxinol Jr. marcou a diferença, impôs-se como toureiro da primeira fila
e ontem foi o triunfador maior de uma noite em que se esperava muito mais de
todos...
João Telles teve bons ferros e momentos emotivos, mas ontem esteve algo aquém
do que nos tem habituado...
Francisco Palha deu um ar, mais que isso, um "arzão" da sua graça, no quinto
toiro da corrida. Mas ontem ficou por aí...


Os Graves mandaram ontem na arena do Campo Pequeno. Rouxinol Jr. impôs-se como toureiro da primeira fila, Telles e Palha deram ares da suas graça, mas a corrida não teve o sucesso para que apontavam as expectativas. Não vou dizer que os toureiros e os forcados estiveram "por baixo" dos Graves, mas por cima também não os vimos estar...

Miguel Alvarenga - A sétima corrida da temporada do Campo Pequeno ficou, em termos artísticos, muito aquém das expectativas que rodeavam a presença de três "leões" do toureio a cavalo e de dois grande grupos de forcados na noite em que se comemorava na capital o 75º aniversário da fundação da histórica ganadaria Murteira Grave.
Menos rematado o primeiro, os seis toiros de Murteira Grave tiveram digna apresentação, mobilidade, nenhum veio para as tábuas, tinham "teclas", deram luta, impuseram seriedade, não grande transmissão, mas foram toiros exigentes e daqueles que por norma "descompõem" tudo e todos, muito dentro do tipo da afamada divisa da Galeana.
Apesar de algo aquém do êxito que conquistaram no São Pedro em Évora, os toiros de Joaquim Grave pautaram ontem pelo usual diapasão de verdade, de seriedade e de emoção que caracterizam esta ganadaria. Não transmitiram em demasia, mas tiveram a mobilidade necessária e pediram contas aos cavaleiros e aos forcados. Não são toiros para "brincadeiras". E ontem nem sempre foram toureados e pegados como se impunha.
Toureiros e forcados não estiveram propriamente "por baixo" dos toiros, como se costuma dizer, mas por cima ou, pelo menos, muito por cima, também não estiveram. Luis Rouxinol Jr. impôs-se uma vez mais como toureiro da primeira fila e como toureiro que não perde nem a feijões, sobretudo no terceiro toiro da noite, onde teve uma lide brilhante. João Ribeiro Telles e Francisco Palha tiveram actuações cheias de intermitências, onde o alto se aliou ao baixo, nenhum deles chegando a romper como se desejava, destacando-se mais Palhinha no quinto toiro. Os forcados de Santarém e de Coruche fizeram cada qual uma grande pega, precisamente as duas primeiras da noite, e o resto foi uma tarefa demasiado dura e com menos história do que se esperava - e se exigia.
O público correspondeu e a praça registou uma bonita entrada de três quartos. No camarote da PróToiro assistiram alguns deputados de vários quadrantes políticos. E pouco mais houve a registar de uma corrida que foi mais desilusão do que sucesso. Apesar de ser, desta primeira fase da temporada, aquela que se aguardava com maior expectativa. Mas às vezes o homem dispõe e depois o toiro descompõe. E chega mesmo a descompor tudo...
João Telles vive um momento grande - ninguém tem dúvidas disso e os êxitos recentes o comprovam. Mas ontem andou apenas "morno" no Campo Pequeno e uns furos abaixo do seu melhor. Nem sempre desenhou as sortes que os toiros exigiam, abusou das entradas ao piton contrário, falhou ferros e saíu algumas vezes em falso. Teve ferros bons e momentos com a marca da emoção do seu toureio de perfeição e grandeza. Mas ontem não foi o João Tellesverdadeiro quem esteve no Campo Pequeno...
E Francisco Palhaidem, idem, aspas, aspas. Não explodiu, como costuma explodir, em nenhuma das duas actuações. Os Graves pediram contas e ele nem sempre lhas deu. No segundo toiro da noite (que era o segundo do seu lote e que lidou por este primeiro ter um corno partido e ter sido recolhido) esteve apenas assim-assim e recusou, com dignidade, a volta à arena que o director autorizara. No quinto, o sobrero, esteve quase, quase mesmo, a alcançar um triunfo "à Palhinha". Mas teve alguns falhanços de ferros que acabaram por retirar brilho à lide. Houve, contudo, "ferrões" de extrema emoção, daqueles que páram os corações. Mas no contexto geral foi também uma lide com altos e baixos, sem o brio costumeiro que, espero, Francisco recupere esta noite em Salvaterra. E se reencontre.
Luis Rouxinol Jr. protagonizou a melhor actuação da noite no terceiro toiro da corrida, o primeiro do seu lote. Mandou recolher os bandarilheiros e pôs logo o público de pé com uma empolgante sorte de gaiola, prosseguindo depois numa lide em crescendo e em que se destacou a bregar, a lidar e a cravar e nos artísticos e emotivos remates das sortes. Esteve com redobrada atitude e a demonstrar que quer à viva força ser um dos cavaleiros da frente. No último toiro, talvez o mais complicado dos seis Graves, teve também uma lide de alto nível e que, mesmo sem o brilhantismo da primeira, nos permite a todos aclamá-lo como triunfador maior da noite de ontem em Lisboa.
Para os forcados, os toiros foram mesmo Graves e a noite não foi nada fácil para os Amadores de Santarém e os Amadores de Coruche, que não deixaram de elevar os seus pergaminhos de grandes grupos que são, mas sentiram as dificuldades impostas por toiros que não dão azo a deslizes de espécie alguma.
Houve uma grande pega de cada grupo, precisamente as duas primeiras. E mais nada. Lourenço Ribeiro, forcado consagrado do Grupo de Santarém, fez um pegão à primeira ao primeiro toiro da noite, com o grupo a ajudar muito bem e ele a impor a sua técnica, a sua raça e a sua arte; e José Macedo Tomás, cabo do Grupo de Coruche, puxou dos galões de grande forcado que é e pegou na sua primeira tentativa, com elevado brilhantismo, o segundo Grave da noite, a dobrar Miguel Raposo que se lesionou num ombro na primeira tentativa para efectuar a pega a este toiro.
Pelos Amadores de Santarém foram ainda caras Joaquim Grave, filho do antigo cabo Carlos Grave, um jovem que já se percebeu que vai ser um grande forcado, honrando a ilustre família que tanta história deu a este grupo, e que este ano se estreou no festival de Sobral de Monte Agraço e fez depois recentemente uma grande pega em Idanha-a-Nova. Ainda pouco experiente e pouco preparado para um desafio destes com Graves, o jovem Joaquim demonstrou pelo menos muita vontade e enorme raça, pegando à quarta tentativa; e o grande Francisco Graciosa, que pegou, mas nunca devia ter pegado, o quinto toiro da corrida. Finda a lide de Francisco Palha, o toiro teve uma investida brutal contra as tábuas e partiu um corno. Imediatamente deveria ter sido recolhido e a pega, paciência, ficava por executar. Sem que isso quisesse significar, minimamente, que o toiro tivesse ido "vivo" para dentro e sem que isso melindrasse ao de leve a honra e o prestígio do centenário Grupo de Santarém. São azares que acontecem e que podia ter acontecido, por exemplo, durante a lide de Palha, ficando este impossibilitado de a prosseguir, sem que daí viesse algum mal para a sua actuação e muito menos para a carreira do toureiro. Acontece algumas vezes.
O toiro lesionou-se, partiu um corno, azar, paciência, tinha que ir para dentro. O director de corrida Tiago Tavares e o médico veterinário Jorge Moreira da Silva mandaram-no recolher, mas depois cederam ao pedido do cabo João Grave (incompreensível) para que o toiro fosse pegado de cernelha - e não o foi. Não encabrestava de maneira alguma. Gerou-se a confusão na trincheira, elementos actuais e antigos tomaram posição junto à porta dos curros para evitar que os funcionários a abrissem e houve mesmo alguma exaltação na bancada, com destacados aficionados (com responsabilidades na Festa) a chegarem mesmo a vias de facto, motivando a intervenção de agentes policiais para acalmar os ânimos. O grupo voltou à arena - e não deveria nunca ter voltado - e Graciosa fez a pega. Que não devia nunca ter feito.
Não estava, não podia estar de modo algum, em causa, a honra do grupo. Por isso não a tinham que defender da forma que o fizeram. O toiro não ia "vivo" para dentro. Apenas e só não ia pegado por ter partido um corno. Lamente-se a falta de pulso da direcção da corrida - que desde o primeiro minuto tinha que ter recolhido o toiro lesionado. E lamente-se a atitude do Grupo de Santarém (que o próprio ganadero e antigo forcado Joaquim Grave reprovou depois no final em conversa particular comigo e que por isso não vou tornar pública, obviamente), um grupo histórico, centenário, glorioso e que não podia ter protagonizado uma cena destas. No final, quando atravessava a praça, o grupo foi vaiado pelo público. Também não era caso para isso. Mas houve uma clara reprovação dos aficionados de tudo o que infelizmente se passou.
Questionei ainda o antigo cabo Carlos Empis sobre se o toiro deveria ou não ter sido pegado e a sua resposta foi clara e bem elucidativa: "Claro que não. Partiu um corno, tinha que ser recolhido e mais nada".
E posto isto, refiro ainda que pelos Amadores de Coruche as duas outras pegas foram executadas por João Pratesà quarta e por António Tomásà segunda. Pegas duras e pegas rijas.
Tirando a atitude lamentável de não ter imediatamente mandado para dentro o toiro lesionado, a direcção de corrida de Tiago Tavares foi correcta e diligente.
Resumindo e concluindo, a corrida foi muito menos do que se esperava. Saímos todos da praça menos contentes do que podíamos ter saído. E quando assim é, merda para isto!...

Fotos Maria Mil-Homens






As pegas: nem tudo foram rosas ontem no Campo Pequeno

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Não foi fácil a tarefa dos Amadores de Santarém e dos Amadores de Coruche 
ontem à noite no Campo Pequeno, frente à dureza dos toiros Murteira Grave.
Houve uma grande pega de cada grupo, as duas primeiras da corrida, e o
resto foi muito duro. Fique com as sequências das seis pegas captadas pela
objectiva sempre atenta e eficaz de Maria João Mil-Homens

1ª pega - Lourenço Ribeiro (Santarém)
A noite começou bem, mas depois as coisas não correram da melhor forma para
a forcadagem ontem em Lisboa. Grande pega ao primeiro Grave, à primeira
tentativa, por Lourenço Ribeiro, um forcadão dos melhores. Bem a recuar e a 
mandar (não é fácil) na investida do toiro Grave, fechando-se com decisão e
agentando alguns derrotes, com os companheiros a ajudarem na perfeição

2ª pega - José Tomás (Coruche)
a emendar Miguel Raposo
Miguel Raposo sofreu um violento derrote na primeira tentativa para pegar o
segundo Grave da noite e saíu lesionado num ombro. O cabo José Macedo Tomás,
forcado de eleição, puxou dos seus galões e dobrou o companheiro numa grande
e emotiva pega consumada ao primeiro intento

3ª pega - Joaquim Grave (Santarém)
Já se percebeu que o jovem Joaquim Grave vai ser um grande forcado e tem no
sangue a raça e o valor desta ilustre família que tanta história fez e continua a 
fazer no Grupo de Santarém. Estreou-se este ano a pegar em Abril no festival
de Sobral de Monte Agraço, fez uma grande pega há dias em Idanha-a-Nova,
mas não tem ainda a experiência e a preparação para um vôo tão alto como o
de ontem com um toiro Murteira Grave. Pegou o terceiro da noite só à quarta
tentativa, mas com a raça, o brio e a valentia que deixam antever um grande
elemento do grupo num futuro muito próximo. É filho do antigo cabo Carlos
Grave e primo do actual, João Grave

4ª pega - João Prates (Coruche)
João Prates, um dos grandes pilares do Grupo de Coruche e um dos bons
forcados do momento, só à quarta conseguiu pegar o quarto Grave da noite,
um toiro sério e de grande nota que em nada facilitou a vida aos forcados

5ª pega - Francisco Graciosa (Santarém)
O quinto toiro embateu com brutalidade contra a trincheira quando ia ser colocado
para os forcados e partiu o corno esquerdo. Devia de imediato ter sido recolhido
e a pega ficava sem efeito, sem que isso significasse que o toiro fora "vivo" para
dentro e sem que isso beliscasse minimamente o prestígio e a honra do glorioso
Grupo de Santarém. O director de corrida e o veterinário estiveram mal em ceder
a que ao toiro fosse tentada a pega de cernelha, que não se chegou a concretizar.
E o grupo esteve mal em pegá-lo depois de caras, por intermédio do grande
Francisco Graciosa. Eara para salvar a honra do convento? Mas ela nunca esteve
aqui em causa. E um toiro que se lesiona não se pega

6ª pega - António Tomás (Coruche) 
António Tomás, forcado consagrado e de grande técnica, irmão do cabo, fez uma
grande pega à segunda tentativa, com intervenção decisiva - e decidida - do
primeiro ajuda e de todo o grupo

Fotos Maria Mil-Homens

Famosos ontem no Campo Pequeno - pela objectiva de Maria J. Mi-Homens

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O ganadero dos êxitos, Diogo Passanha, cujos toiros voltam a 5 de Setembro ao
Campo Pequeno para António Telles, Pablo e Guillermo Hermoso e os forcados
de Alcochete e do Aposento da Moita
Alfredo Vicente (Rouxinol) animado com êxito do neto
O sempre lembrado cavaleiro Frederico Cunha
Fernanda e António Manuel Barata Gomes, Victor Hugo Cardinalli e Gilberto Filipe
Felizmente refeito e recuperado do susto cardíaco que o manteve uns dias
hospitalizado, o empresário Abel Correia reapareceu ontem no Campo Pequeno
na companhia de sua Mulher, Rosária e de Leandro Flores
Vasco Lucas, Emídio Pinto, Carlos Empis e Manuel Paim com amigas
Gonçalo D'Ornellas e Vasconcellos
Guadalupe Caldeira Fernandes
João Ventura, Rui Fernandes, Diego Ventura e Filipe Gonçalves
Carlos Teles "Caló"... sempre bem rodeado
João Prates "Belmonte"
João Moura Caetano
Maria Inês Cochicho
José Luis Cochicho
Carmo Alvim e José Guilherme Galvão, Fátima Pinto Bessa e Miguel Alvarenga
e o regressado Hugo Teixeira com sua amiga Cláudia Sofia Velez
Maria Moura Caetano Couceiro e sua mãe, Dita Moura Caetano
Elsa Penedo, viúva do saudoso apoderado Francisco Penedo
Lilia Silva, Mulher de Luis Rouxinol, ontem a sofrer pelo filho... que triunfou!
Simão Vicente, o mais novo dos Rouxinóis, que promete ser uma estrela do
futebol
Simão Comenda e sua Mulher, recém-chegados de uma viagem ao país
de Donald Trump
José Peseiro sempre a torcer pelo seu Grupo de Forcados de Coruche
Rui Oliveira e Rui Rosado, organizadores da Gala Equestre que a 17 de Novembro
comemora no Campo Pequeno os 40 anos da Escola Portuguesa de Arte Equestre
Rita Mattamouros e seu namorado
A direcção da corrida de ontem esteve presidida por Tiago Tavares e o médico
veterinário Jorge Moreira da Silva. E José Henriques voltou a brindar-nos com
a arte dos seus toques
Margarida e Isabel Viçoso
Amélia e João Carlos Morais com a conselheira nacional do CDS/PP Isabel
Margarida Coelho
O reputado médico neurologista Jorge Machado, um aficionado de solera
José Miguel e Ana Moore
O aficionado coruchense José Veiga Raposo, abonado do Campo Pequeno
O ganadero Joaquim Grave e João Martins Santos
O "Senhor Altice Arena", Nuno Braancamp, com sua Mulher
Fernanda Teles, madrinha do Grupo de Forcados
Amadores de Coruche
Rui Souto Barreiros, glória da forcadagem, com sua Mulher
Amarelo dá azar aos toureiros? Qual quê? A cavaleira Mara Pimenta com uma
amiga... e sem superstições...
António Maria Brito Paes com o seu novo apoderado José Luis Zambujeira e
João Anão Madureira e, em baixo, Aníbal Batalha
O cavaleiro David Oliveira, grande campeão de equitação e também toureiro,
temporariamente afastado das arenas
José Veiga Maltez, presidente da Câmara da Golegã
O actor Luis Esparteiro
O antigo presidente da Câmara de Barrancos, António Pica Tereno, com sua
filha e sua Mulher
Diego Ventura (que esta noite toureia em Salvaterra) com o empresário Rafael
Vilhais e Francisco Marques "Chalana"
João Salgueiro da Costa e sua Mulher, Mariana Vasconcelos
Sónia Batista
Firmino Pinto
O médico cirurgião e antigo forcado António Peças
António Paes de Sousa e o jovem cavaleiro Francisco Núncio com o seu
apoderado António Santos
João Perdigão e Joaquín Moreno
Carlos Martins
Mariquita Palha, mãe do cavaleiro Francisco Palha
Pika Veiga e Simão da Veiga com sua Mulher
José Luis Gomes, João Andrade e Paulo Pessoa de Carvalho, representando
as associações de forcados, de ganaderos e de empresários (à esquerda, na foto)
no camarote da PróToiro, ontem com a presença de deputados de vários
quadrantes políticos
Salvador Taborda, Francisco Palha, António Telles, João Moura e Diogo Malafaia
Rui Bento era ontem um apoderado feliz pelo triunfo de Luis Rouxinol Jr.
Em sentido, que toca o Hino!
O médico veterinário Tiago Gomes, o fadista António Pinto Basto e o crítico
Miguel Ortega Cláudio foram ontem, com José Cáceres, os comentadores da
corrida para o canal Campo Pequeno TV

Fotos Maria Mil-Homens

As próximas grandes noites do Campo Pequeno

Amanhã: primeira corrida da temporada na Figueira da Foz


Amanhã nas Caldas: os toiros "brancos" de Canas Vigouroux

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Gilberto Filipe substitui Marcos Bastinhas


Os pesos dos toiros de Alves Inácio para esta noite em Salvaterra

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Já estão devidamente aprovados e pesados os toiros de Alves Inácio (ordem de lide ao lado) para a XVI Tourada Real que hoje se realiza na praça de Salvaterra de Magos, rodeada da maior expectativa, com um cartel marcante formado pelos cavaleiros Ana Batista, Diego Ventura e Francisco Palha e pelos grupos de forcados amadores de Vila Franca e de Alcoehete.
Uma corrida daquelas que não se podem perder!

Foto D.R.

Ontem, 6ª feira: 16.071 leram o "Farpas"!

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Triunfos Reais com toiros de verdade ontem em Salvaterra

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Ao início da corrida, a Família Real desceu à arena para cumprimentar todos os
artistas
O ganadero Alves Inácio (filho) deu merecida volta à arena no quinto toiro com
Ventura e o forcado vilafranquense João Matos
Ana Batista (nesta foto dando a volta no quarto toiro com Diogo Timóteo, do
Grupo de Alcochete) esteve correcta no primeiro toiro da noite, o único que
destoou do sério e bem apresentado curro de Alves Inácio e depois no segundo
do seu lote deu a verdadeira dimensão da sua maestria e da sua imensa classe
Diego Ventura encheu Salvaterra e empolgou em duas lides verdadeiramente
apoteóticas frente a toiros que pedim contas, eram exigentes e tinham
transmissão
Francisco Palha e os ferros de parar corações. Duas lides de grande nível,
com especial destaque para a do sexto toiro da corrida. Palhinha ao mais
alto do seu nível 
Os seis toiros foram muito bem recolhidos a cavalo pelos campinos Rui Silva e
Nelson Soares, que deram merecida volta à arena no sexto toiro
João Luz, dos Amadores de Vila Franca, fez uma pega "do outro mundo" ao
terceiro toiro da noite. Deu uma volta com o cavaleiro e outra sózinho com o
público todo de pé. Pelos vilafranquenses pegaram ainda Pedro Silva (à terceira)
e João Matos (à primeira)
Diogo Timóteo na quarta pega da noite e, em baixo, o pegão de Manuel Pinto
(ambos dos Amadores de Alcochete) que fechou a corrida com chave de ouro.
A primeira pega do grupo foi executada, também com enorme brilhantismo, pelo
sempre eficaz João Machacaz


Praça cheia a rondar a lotação esgotada ontem em Salvaterra de Magos na Tourada Real. Toiros dos de verdade da ganadaria Alves Inácio, triunfos memoráveis de Ana Batista, Diego Ventura e Francisco Palha e dos forcados de Vila Franca e Alcochete. Uma noite à grande!

Miguel Alvarenga - Ambiente enorme ontem à noite em Salvaterra de Magos na Tourada Real, praça cheia pelas costuras, a rondar a lotação esgotada e toiros de Alves Inácio a transmitir, a não facilitar, a exigir - exceptuando o primeiro, que foi o de pior nota quer em apresentação, quer em comportamento. O ganadero (filho) deu volta à arena no quinto toiro.
O público viveu em crescente entusiasmo uma corrida de grandes momentos e reais triunfos. Ao início do espectáculo, D. Duarte de Bragança, Dª. Isabel Herédia e os três filhos vieram à arena cumprimentar todos os intervenientes. Um gesto bonito e com particular significado se nos lembrarmos que os políticos da República raramente vão aos toiros e quando vão não se dão "ao luxo" de descer à arena para saudar pessoalmente os artistas. Fê-lo Sá Carneiro há muitos anos em Santarém... lembram-se?
Com um primeiro toiro pouco "convincente", Ana Batista fez o que podia fazer numa lide muito acertada e de bonitos pormenores, tanto na brega como a cravar e a rematar as sortes. No quarto da ordem, um toiro sério e que pedia contas, com perigo e transmissão, a cavaleira esteve enorme, fazendo alarde da sua arte, da sua suprema classe e da sua muita maturidade - a que prefiro chamar maestria. Triunfo redondo entre os seus pares, que a aclamaram com calorosas ovações de reconhecimento pelo seu sucesso.
Diego Ventura fazia aqui a sua primeira apresentação numa corrida formal nesta temporada no nosso país, depois de no início da época já ter actuado num festival na praça de Alcochete. Os seus dois toiros impuseram emoção, seriedade e transmissão e Ventura lidou-os como só ele sabe. Recebeu ambos com sortes de gaiola, apoteótica a primeira, a segunda não resultou. Esteve grande a lidar, a cravar, colocando emoção nas sortes e sobretudo imensa verdade. O público está com Ventura e Ventura está com o público. Duas lides de um enorme brilhantismo e a reafirmar que um toureiro destes faz falta para abanar as hostes em Portugal. Não se sabe se volta este ano ao nosso país. Mas era bom que viesse.
Francisco Palha reencontrou-se, como se esperava, depois de uma noite menos fantástica na véspera em Lisboa. Regressava à praça onde em Maio sofreu aparatosa colhida e agigantou-se nas duas actuações, arriscando, pisando a linha de fogo, empolgando com os ousados ferros "à Palhinha". Bem no terceiro toiro da corrida, que não era pêra doce, destacou-se sobretudo na lide do sexto, um toiro também muito sério, com "teclas" e que pedia contas. Lide notável com ferros da sua marca. Um triunfo importante.
Noite grande para os forcados de Vila Franca e de Alcochete. Pegas duras e emotivas, algumas daquelas que fazem parar a respiração.
Pelos Amadores de Vila Franca pegaram Pedro Silva (à terceira), João Luz (uma pega "brutal"à primeira, premiada com uma volta à arena com o cavaleiro e outra sózinho com o público todo de pé) e João Matos (também numa grande pega ao primeiro intento).
Pelos Amadores de Alcochete, que executaram três pegas à primeira e "à Alcochete", foram caras João Machacaz, Diogo Timóteo e Manuel Pinto, todos enormes.
Muito bem todas as quadrilhas dos cavaleiros, sem exagero de capotazos e muito trabalho, em especial na colocação dos toiros para as pegas.
Lourenço Luzio dirigiu a corrida de ontem com seriedade e aficion, estando assessorado pelo médico veterinário Luis da Cruz.
O empresário Rafael Vilhais, grande obreiro da recuperação desta praça de Salvaterra, conquistou ontem mais uma coroa de glória. Merecida.

Amanhã, domingo, não perca todas as fotos de Maria João Mil-Homens: as pegas uma a uma, os melhores momentos da corrida e os Famosos que encheram Salvaterra.

Fotos M. Alvarenga

A seriedade dos toiros de Santos Silva para esta noite na Figueira da Foz

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É já esta noite– 27 de Julho pelas 22h00 - que o Coliseu Figueirense abre as suas portas à magistral temporada de verão 2019, numa corrida de grande significado para as gentes figueirenses pois nela se presta homenagem à figura ímpar daquela localidade – a aficionada Rosa Amélia.
Numa noite de importância para esta arena, escolheu a empresa de Ricardo Levesinho um curro de toiros da ganadaria de Santos Silva– sediada nos campos do Mondego– de sobrado trapio que serão lidados pelos cavaleiros João Moura, António Telles, Sónia Matias, Marcelo Mendes, Miguel Moura, Joaquim Brito Paes e o amador António Telles filho, estando as pegas a cargo dos grupos de forcados amadores de Cascais, Redondo e Ramo Grande.
Não falta à abertura de temporada do Coliseu Figueirense!

Fotos Miguel Matias

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